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Evangelho da música
– 01 –
INTRODUÇÃO.
Nesta coluna dou início a um interessante ideal, o de sentir o Evangelho-Apocalipse de Jesus sob o prisma da música. Extrair dos preciosos ensinamentos do Cristo de Deus a melodia que a todos os coraçãos pacifica, livrando a humanidade da zoeira ressonante a qual se transformou a nossa sofrida Morada Azul, o planeta Terra.
É fundamental, pois, nos interessarmos pelo que pode a música fazer em benefício da humanidade.
Desenvolvo esse espaço no meu site (((Seja bem-vindo))) exatamente para tratar deste assunto, a música em sua mais variada aplicação (para o bem, é claro).
Gente muito boa mostra-se disposta a contribuir nessa linha. Por isso eu formato artigos em que o estimado público leitor avalia a palavra de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento humano, inclusive maestros, musicoterapêutas, cientistas, mães, pecuaristas, religiosos, médicos, etc... que lançam mão da ferramenta música como aplicativo eficaz ao seu trabalho. Quem não teve a experiência de ouvir músicas de ninar? Viva as mamães! Ou o retumbar de canções encorajadoras da batalha?
Estou convicto de que a sua prestimosa atenção a essa iniciativa será boa, ensejando (quem sabe?) uma importante obra literomusical que eu tomei a liberdade de intitular Evangelho da Música.
(continua)
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Evangelho da música
– 02 –
UM DIAPASÃO
PERFEITO PARA A ALMA.
Abro as “portas para a vida interior, aquela que nos assegura o domínio sobre as nossas emoções, ajuda no equilíbrio, e reduz nossa vocação para o virtual do cotidiano”.
É uma “boa causa engajar-se em atitudes de real valor espiritual, que repercuta em benefício da sociedade, em ações efetivas que garantam nossa paz interior”. É “a espiritualidade pura cultivada a ponto de encontrarmos um sentido para a vida, o senso ético, os valores e as crenças pessoais que norteiam a nossa razão e as nossas emoções diretoras de tudo”.
Cultivar o prazer pela boa música “proporciona isso, um crescimento pessoal, estimula o raciocínio e contribui para a longevidade. Quem escuta boa música (letras e melodias edificantes) costuma ser mais ativo e desenvolve idéias próprias”.
Sabemos que ouvir música, em especial aquelas que têm um conteúdo elevado, inovador, faz muito bem para a alma e para a saúde das pessoas. E Deus envia a Terra os grandes espíritos, e os inspira diretamente, os constitui órgãos transmissores da Sua Vontade Soberana em todos os campos do conhecimento.
Dentre as descobertas da Ciência está uma pesquisa feita nos Estados Unidos.
Os cientistas confirmaram que ouvir música pode ter um efeito positivo sobre as pessoas que sofrem de dores crônicas. Uma equipe de pesquisadores testou os efeitos de músicas em dezenas de pacientes que há anos sofriam de dores crônicas. O resultado foi satisfatório sobre a maioria deles.
É o que vamos conferir nesta seção, porque a música divinamente inspirada também é Deus, e quem se inspira no Deus Divino vibra seus passos na intensidade melodiosa e harmônica do Pai que está nos Céus.
(continua)
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Evangelho da música
– 03 –
O COSMOS É MÚSICA.
José de Paiva Netto, compositor
Permita-me recordar a genialidade de dois dos mais famosos compositores de nosso país: o carioca Heitor Villa-Lobos, — falecido em 17 de novembro de 1959, ao qual prestei, na edição 220 da revista Boa Vontade, tributo à memória
compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos
— e Claudio Santoro, ilustre manauara, nascido em 23/11/1919, cuja “Sinfonia da Paz”, gravada sob sua regência, pela Orquestra Estadual e Coro Stepanov de Moscou, Rússia, abre a minha pregação do Evangelho de Jesus na Super Rede Boa Vontade de Comunicação.
compositor e maestro brasileiro
Claudio Franco de Sá Santoro
Como admirador dos gênios da cultura planetária e reconhecendo na música um papel transcendente de elevação do ser humano, sempre que posso utilizo-me do tesouro melódico para estabelecer analogia entre ele e os augúrios divinos, de modo a facilitar o entendimento do povo a respeito do código aparentemente indecifrável do Apocalipse de Jesus.
O escritor e crítico literário José Geraldo Nogueira Moutinho, em “Musicália”, esclarece que “a música absorve o caos e o ordena”. Em “Apocalipse sem Medo” (1999), no capítulo: Apocalipse e universalismo, comento que Arturo Toscanini ensinava,
Arturo Toscanini
mutatis mutandis, que ouvir música não é escutar notas. De fato, porquanto se deliciar com a grande arte de Verdi, Tchaikovisky, Wagner, Borodin, Schumann, Debussy, Ravel, Grieg, Sibelius, Irving Berlin, Gershwin, Grofé, Chiquinha Gonzaga, Noel, Cartola, Caymmi, Jobim, João Gilberto, Caetano, Gil, Chico Buarque, Toquinho, Guerra Peixe, Carlos Gomes, Padre José Maurício, Francisco Braga, Lorenzo Fernandez, Augusto e Alberto Nepomuceno, Guerra Vicente, e tantos mais, é integrar-se no sentimento da mensagem melódica que o compositor quis transmitir ao ouvinte.
A Mensagem Divina
O cosmos é música, que, na definição de Paul Claudel (1868-1955), “é a alma da geometria”. Logo, temos de achar os sons que com abrangência universal nos confraternizem. Para isto é que existe a Mensagem de Deus, que frontalmente se contrapõe à intolerância indesculpável.
Trombetas
e compositores
Ainda na citada obra, no capítulo “Trombetas e compositores”, aponto que até hoje há quem exclame: “O Apocalipse é o desamor de Deus para com a Humanidade!”. Estarão certos? Veremos que não.
Vamos por partes: o que diz a sabedoria antiga? “O pensamento é o alfaiate do destino”. Com as nossas ideias e atos, acabamos por desvendar a nossa intimidade. Jesus, o Cristo Ecumênico, declara isto no Evangelho, segundo Lucas, 6:45: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau, do mau tesouro tira o mal; porque fala a boca do que está cheio o coração”.
Diante disso, os Anjos das Sete Trombetas, que, em simples análise, significam fatos políticos e fatos político-guerreiros, quando as tocam, não o fazem aleatoriamente. Estão externando o que os Sete Selos (Apocalipse, capítulos 6 e 8) revelaram acerca do nosso sentimento, expresso na partitura musical que, com as nossas atitudes, compusemos.
Nós é que produzimos a trágica, ou bela, melodia que os Anjos executarão. O Apocalipse é, portanto, traçado por nós, quando respeitamos ou infringimos as normas do Criador.
Em “A Divina Comédia” — Paraíso, Canto XXII —, Dante Alighieri (1265-1321) poeticamente ilustra a justiça de Deus: “Nunca se apressa a espada celestial,/ nem se atrasa, a não ser pela opinião / de quem a invoca ou teme, por sinal”.
Dante Alighieri
Por sua vez, Alziro Zarur (1914-1979) sentencia: “A Lei Divina, julgando o passado de homens, povos e nações, determina-lhes o futuro”.
Direitos, deveres e
Apocalipse de Jesus
No tocante aos dignificadores atos que realizarmos, o Apocalipse apresenta composições maravilhosas para aqueles que merecerem um mundo melhor nos milênios que conheceremos adiante. Sempre viveremos, porque a eternidade é real e a lei das vidas sucessivas é ordenação divina.
Zarur conceituava: “A reencarnação é a chave da profecia”. É preciso, pois, afinar os corações dos povos no diapasão de Deus.
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Evangelho da música
– 04 –
A MÚSICA ULTRAPASSA
OS OUVIDOS HUMANOS.
Sangar Luis Nunes Vidal (escritor e educador gaúcho)
A música tem esse poder surpreendente de efetuar mudanças no comportamento das pessoas. Ela sempre teve seu papel importante na história da humanidade, bem como nos pequenos e grandes conflitos bélicos. Ela relembra bons e maus momentos, e sentimentos esquecidos. Ela influência os hábitos do ser humano, determina as emoções e as ações. Ela forma bons e maus hábitos, pode curar ou debilitar as faculdades físicas, mentais e espirituais do indivíduo. A música, enfim, se aplicada com enlevado propósito, em tudo pode contribuir para o progresso moral da humanidade.
A importância da
boa música
A música deve proporcionar prazer, levar a mente a cultivar as mais ternas e finas emoções, deve ter o poder para neutralizar os maus sentimentos, promovendo assim, saúde, sendo um remédio poderoso para a cura da alma triste e doente. Quando tocada com suaves acordes melodiosos é saúde para o sentimento e para a razão.
A música terapêutica
A música como instrumento terapêutico tem sido ouvida por muita gente em várias partes do mundo. Usada como simples audição individual, ambiental, nos consultórios, por ondas de rádio, em grandes empresas e nos centros terapêuticos, na ginástica, na dança e nos tratamentos alternativos como a cromoterapia, aromaterapia, massoterapia, reike, mantra, bioenergética, reflexologia, meditação, relaxamento, ioga, entre outros aplicativos, demonstra o que se tem conhecimento: u’a música terapêutica que ultrapassa os limites da mentalidade humana, porque ela vem do seio do próprio Deus Nosso Pai Criador.
Amadores e profissionais de diversas áreas se utilizam das orquestrações, das combinações rítmicas e de tons melodiosos para fazerem exercícios, improvisações e terapêutica passiva e ativa. Os resultados são altamente positivos segundo depoimentos e informações de profissionais que utilizam o recurso nas suas respectivas áreas e de pessoas que escutam as músicas.
Existem inúmeras comprovações da eficácia da música narrada por pessoas, fatos que acontecem em suas próprias vidas, de amigos, inclusive de plantas ornamentais e comestíveis, de animais domésticos, e no aumento da produtividade das fazendas que se utilizam dos acordes melodiosos para incentivar o crescimento, o desenvolvimento e a produção de bovinos, caprinos, ovinos, e peixes; até os cavalos ouvem a boa música para se livrarem do estresse antes ou após uma competição. Ao final de tudo são boas as reações que a vida manifesta ao escutar a boa música.
(continua)
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Evangelho da música
– 05 –
MÚSICA TERAPÊUTICA.
Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, confirmou a crença popular de que a música ajuda a relaxar nos momentos de estresse. Segundo o estudo, as músicas lentas, como as de meditação e as clássicas tendem a acalmar e a desacelerar os batimentos cardíacos e a respiração. Já as músicas com batidas mais rápidas, como as eletrônicas provocam o efeito oposto ao das relaxantes.
A música terapêutica é usada para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A técnica, já comum em alguns países, ainda é nova no Brasil. A ideia de tratar pessoas com qualquer música e ritmo é oportuna, desde que atenda as necessidades específicas dela. Por exemplo, uma pessoa muito excitada vai ser tratada com uma música calma para que consiga relaxar.
Hoje, por causa do ritmo acelerado que as pessoas tem principalmente se vivem nos grandes centros urbanos, a adrenalina fica constante no cérebro, causando dores de cabeça, dores nas costas, estresse, tensão, fadiga, ansiedade e várias outras coisas prejudiciais a saúde dos indivíduos.
Com a aplicação terapêutica da música o coração passa a ter o mesmo andamento da canção. Faz com que o paciente se interiorize, e mesmo acelerado, aprende a captar elementos novos para a proteção e o sustento de suas emoções mais caras.
O musicoterapêuta-
áreas de atuação.
O papel do musicoterapêuta é reunir o conhecimento teórico e prático da medicina, da psicologia, do esporte, e da técnica musical, mas sem o mesmo pré-juízo estético e interpretativo musical dessas especialidades, porque isso o impediria de aceitar com inteira liberdade os ritmos "não-estéticos" de um determinado paciente ou o "desafinado" de outro, por exemplo.
A musicoterapia é aplicada para efeito:
– Clínico: pesquisar e aplicar técnicas sonoras, instrumentais e musicais para reabilitar pessoas com distúrbios físicos, sensoriais, mentais e emocionais.
– Educacional: prevenir e tratar distúrbios de aprendizagem e dificuldades na leitura e escrita, com a utilização de métodos musicais.
– Social: desenvolver atividades com crianças, idosos e gestantes em hospitais, centros de saúde, creches, casas de repouso e asilos; participar de programas de assistência a menores abandonados, infratores ou envolvidos com drogas.
– Pesquisa: que comprovem estatisticamente a eficácia da musicoterapia; criar novos métodos terapêuticos musicais para auxiliar nos diversos tratamentos físicos e psíquicos.
Quando devemos
procurar um Musicoterapeuta?
Estamos no mundo para viver, e bem a vida que de Deus recebemos. E se estamos no mundo, enfrentamos dificuldades que necessitam de uma ajuda para resolvê-las. A música divinamente composta e executada também é Deus, e pode ajudar a pessoa a resolver o seu conflito ou problema, de forma sistemática, engajando o paciente em um processo adequado ao seu desenvolvimento, à sua necessidade, e a sua capacidade de elaborar alternativas saudáveis para uma vida melhor e mais feliz.
Muitas vezes contamos com a ajuda de pessoas e amigos para superar momentos difíceis. Quando esta ajuda não está sendo suficiente, e a situação parece indissolúvel, o tratamento melodioso de uma canção pode ajudar a esclarecer os motivos das dificuldades e a forma como podemos resolvê-las.
Algumas pessoas hesitam em se consultar com um psicólogo ou psiquiatra, por sentirem-se envergonhadas, e acreditar que podem resolver os problemas sozinhas. Pois no senso comum, pensam que somente os loucos fazem terapia.
Psicólogos e psiquiatras freqüentemente atendem pessoas que passam por um momento de crise no relacionamento conjugal ou familiar, apresentam problemas de desempenho ou vivenciam um luto, mas muitas vezes, quando a pessoa busca ajuda, o problema possui uma raiz emocional muito forte, e em quase todos os casos, acarretam perdas significativas na vida íntima e no desempenho profissional da pessoa.
Pela sensação agradável que certos ritmos trazem, muitas gente opta por fazer este tipo de terapia, buscando o prazer, a satisfação pessoal, e o relaxamento ouvindo música. A relação da pessoa com a música trás estas sensações.
A música aplicada como terapia revela traços da personalidade do paciente, esclarecendo uma situação, dando suporte e acompanhamento, a fim de auxiliar na superação de um problema ou dificuldade, desenvolvendo assim potencialidades e o crescimento pessoal do indivíduo.
(continua)
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Evangelho da música
– 06 –
O MUNDO
NASCEU COM A MÚSICA.
José de Paiva Netto, compositor
Refletindo sobre em que períodos a música se vem decisivamente manifestando pelas eras, podemos concluir que ela existe desde antes dos tempos. De fato, é instrumento dessa grande obra-prima do Pai Celestial, o Universo. Ao lermos os capítulos iniciais do Gênesis mosaico, sentimos a forte harmonia nascida do surgimento dos rios, das árvores, dos animais, da separação das terras, da expansão dos mares e da própria formação do nosso Espírito eterno.
A partir daí, é possível estabelecer diversos e significativos momentos em que a música se casa com a história das muitas civilizações e correntes de pensamento que dão vida à Terra. (...) A boa música é um elo inquebrantável que une a criatura ao Criador.
clave de sol
clave de fá
Diante disso, temos a noção exata de que o pulsar da Vida, o Bem, a Solidariedade, o Respeito e a Caridade são igualmente melodias, sons, ritmos que afinam nossos pensamentos, palavras e ações pelo diapasão da Justiça e do Amor.
Deus em cada criatura
Aproveito o ensejo para agradecer a correspondência que recebi da professora Adriane Schirmer, de São Paulo/SP, na qual comenta sobre minha modesta produção:
clave de dó
clave de percussão
"Gostaria de parabenizá-lo por suas melodias. Tocam profundamente nossa Alma e despertam em nós os melhores sentimentos. Valem por uma súplica, uma oração ao Pai Celestial.
"Quando as entoamos, sentimos, tal qual nos momentos de prece, o coração limpo. E, quando isso acontece, vemos Deus em cada criatura, em cada planta, em cada pôr do sol... Assim, de coração limpo e Alma ajoelhada, nos tornamos aptos a aprender a amar sem imposições, a amar com o Amor de Jesus".
Música e medicina
Grato, leitora Adriane, inclusive por me ter encaminhado o belo texto de apresentação da obra “O Médico”, do meu amigo Rubem Alves, intelectual, teólogo e até foi dono de restaurante. É um brasileiro múltiplo.
"Instrumentos musicais existem não por causa deles mesmos, mas pela música que podem produzir. Dentro de cada instrumento há uma infinidade de melodias adormecidas, à espera de que acordem do seu sono. Quando elas acordam e a música é ouvida, acontece a Beleza e, com a Beleza, a alegria.
"O corpo é um delicado instrumento musical. É preciso cuidar dele, para que ele produza música. Para isso, há uma infinidade de recursos médicos. E muitos são eficientes. Mas o corpo, esse instrumento estranho, não se cura só por aquilo que se faz medicamente com ele. Ele precisa beber a sua própria música.
"Música é remédio. Se a música do corpo for feia, ele ficará triste – poderá mesmo até parar de querer viver. Mas se a música for bela, ele sentirá alegria e quererá viver.
"Em outros tempos, os médicos e as enfermeiras sabiam disso. Cuidavam dos remédios e das intervenções físicas – bons para o corpo – mas tratavam de acender a chama misteriosa da alegria. Mas essa chama não se acende com poções químicas. Ela se acende magicamente. Precisa da voz, da escuta, do olhar, do toque, do sorriso. Médicos e enfermeiras: ao mesmo tempo técnicos e mágicos, a quem é dada a missão de consertar os instrumentos e despertar neles a vontade de viver...”.
Fica aqui então minha homenagem aos bons músicos, bons criadores de instrumentos musicais e, é claro, aos bons médicos e enfermeiras.
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Evangelho da música
– 07 –
AUTO-CONHECIMENTO
E BEM-ESTAR.
É importante estar em harmonia consigo mesmo, trabalhar o autoconhecimento, manter uma boa auto-estima. Hoje mais do que nunca é preciso encontrar mecanismos que possibilitem um estilo de vida saudável. Não é fácil aceitar e fazer mudanças.
Mas a música terapêutica é um instrumento de renovação da saúde, agradável, capaz de provocar profundas mudanças físicas, mentais e espirituais. Seu objetivo é sempre o bem estar do ser humano e uma melhor qualidade de vida. No corpo humano induz ao relaxamento, combate o estresse.
Usada constantemente, equilibra o metabolismo do corpo, a atividade muscular e a respiração. Influencia na velocidade do pulso e a pressão sangüínea, minimiza os efeitos da fadiga. Na mente proporciona relaxamento profundo e ajuda a combater o estresse, ativa à criatividade, melhora a atenção e a memória, diminui a ansiedade e a insônia, explora o eu interior e libera fontes bloqueadas de energia psíquica, espiritual.
Musicoterapia
Como se vê, estamos lidando com uma forma simplificada de utilizar a música para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional, mental ou espiritual.
Segundo a World Federation of Music Therapy, a musica aplicada como instrumento terapêutico intervém em ambientes médicos, educacionais e no cotidiano do indivíduo, de grupos, de famílias ou comunidades que procuram otimizar a sua qualidade de vida e melhorar suas condição física, social, comunicativa, emocional, intelectual, e espiritual, visando a saúde e o bem estar, de acordo com contextos culturais, sociais e políticos das populações.
A musicoterapia como disciplina teve início no século 20, após as duas grandes guerras mundiais, quando músicos amadores e profissionais passaram a tocar nos hospitais de vários países da Europa e nos Estados Unidos, para os soldados veteranos. Logo os médicos e enfermeiros puderam notar melhoras no bem-estar dos pacientes.
De lá para cá, a música vem sendo cada vez mais incorporada às práticas alternativas e terapêuticas. Em 1972, foi criado o primeiro curso de graduação no Conservatório Brasileiro de Música, do Rio de Janeiro. Hoje, no mundo todo, existem mais de 127 cursos, que vão da graduação ao doutorado.
(continua)
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Evangelho da música
– 08 –
MÚSICA ELEVADA
É QUALIDADE DE VIDA.
A música acompanha o homem desde os tempos mais antigos. Há registros em papiros egípcios que datam de 1500 a.C que se referem ao encantamento pela música, na Bíblia há várias citações referindo-se a utilização de instrumentos musicais e de personagens bíblicos no Antigo Testamento que lançaram mão da habilidade musical para curar doenças e até obsessão, e muitos outros documentos.
Na antigüidade bíblica está a comprovação do que somente agora, nos tempos atuais, os cientistas reconhecem: o poder curativo da música. Está no 1º livro de Samuel, no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, capítulo 16, versículos de 14 a 23:
Davi tange sua harpa
perante Saul
14. Tendo-se retirado de Saul um espírito (santo) mandado pelo Senhor, outro, um espírito maligno o atormentava.
15. Então os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito maligno te atormenta;
16. Manda, pois, senhor nosso, que teus servos, que estão na tua presença, busquem um homem que saiba tocar harpa, e será que, quando o espírito maligno vier sobre ti, então ele a tocará com a sua mão, e te acharás melhor.
17. Então disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que saiba tocar bem, e trazei-o a minha presença.
18. Então respondeu um dos moços, e disse: Eu tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar, é forte e valente, homem de batalha, prudente em palavras, e de boa aparência; e o Senhor Deus é com ele.
19. Saul, então, enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas.
20. Então tomou Jessé um jumento e o carregou de pão, um odre de vinho, e um cabrito, e enviou-os a Saul por intermédio de Davi, seu filho.
21. Assim Davi foi ao encontro de Saul, e esteve perante ele; este o estimou muito, e o fez seu escudeiro.
22. Então Saul mandou dizer a Jessé: Deixa a Davi perante mim, pois aos meus olhos ele fez por merecer bênção e simpatia.
23. E sucedia que, quando o espírito maligno vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.
estátua do rei Davi, por Nicolas Cordier, Sta. Maria Maggiore, Roma, Itália.
A boa música ajuda,
mas não é panacéia.
Cada ritmo musical produz um trabalho e um resultado diferente no corpo, mas não é panacéia. Assim há músicas que provocam nostalgia, outras alegria, outras, tristeza, outras melancolia, etc. Alguns tipos de música podem servir de guia para as necessidades de cada pessoa.
As obras do compositor, multi-instrumentista, professor, cantor e maestro alemão, Johann Sebastian Bach (1685-1750), por exemplo, podem ajudar muito no aprendizado e na memória.
Johann Sebastian Bach
O compositor italiano Gioachino Antonio Rossini (1792-1868), com Guilherme Tell e Wagner, com as Walkirias, ajudam especialmente no tratamento de pacientes com depressão.
Gioachino Antonio Rossini
As valsas do maestro e compositor alemão Richard Georg Strauss (1864-1949) – um dos mais destacados representantes da música entre o final da era romântica e o início da idade moderna – podem contribuir para os momentos em que se necessita de um maior relaxamento, estando bem indicadas para as salas de parto. As marchas são um tipo de música que transmite energia, tão importante e escassa em áreas hospitalares de pacientes em convalescença.
Richard Georg Strauss
Um bom exemplo disso tem sido o uso da musica no auxílio coadjuvante do tratamento da doença de Alzheimer. Doença de caráter progressivo e degenerativo tem, entre seus primeiros sinais, o esquecimento, a dificuldade de estabelecer diálogos, as mudanças de atitude e a diminuição da concentração e da atenção.
A música ajuda a estimular a memória, a atenção e a concentração, o contato com a realidade e o esforço da identidade, estimulação sensorial, a auto-estima e a expressão dos sentimentos e emoções.
A melhor ajuda que o tratamento dos pacientes, utilizando a música, pode proporcionar, é que ela, como terapia, longe de ser panacéia, torna os obstáculos da doença mais amenos e mais fáceis de serem ultrapassados pela aplicação da medicina convencional.
(continua)
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Evangelho da música
– 09 –
OUVIR MÚSICA
ESPIRITUALMENTE ELEVADA
É TERAPIA QUE PODE CURAR.
O conceito de doença e a atividade terapêutica têm sofrido mudanças ao longo dos séculos. Por outro lado, as reações das pessoas às experiências musicais permaneceram praticamente imutáveis.
Na antiguidade, tanto a música como os instrumentos eram considerados como dádivas dos deuses – em algumas culturas fala-se da origem divina dos tambores.
O musicólogo alemão Alfred Einstein (1880-1952), parente afastado do físico Albert Eintein – que teve entre seus grandes méritos o de ter sabido escrever para pessoas interessadas pela música, mas não especialistas –, considerava que "o som deve ter sido algo incompreensível para o homem primitivo, e, conseqüentemente, misterioso e mágico".
Hoje em muitos países há o reconhecimento do valor terapêutico da música para "aumentar, manter ou restaurar um estado de bem-estar – usando também as experiências musicais e as relações que se desenvolvem a partir delas – de uma forma sistemática e científica", diz Kenneth Bruscia, professor emérito e Coordenador do PhD em Musicoterapia e Psicologia da Música do Boyer College of Music and Dance Temple University, da Philadelphia, Estados Unidos, e Phd em musicoterapia, reconhecido internacionalmente.
"É uma ferramenta de auxílio suplementar no campo da saúde que utiliza a música para tratar necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de indivíduos de todas as idades", completa o professor Bruscia.
Quem se habitua a ouvir músicas elevadas, trabalha as próprias habilidades motoras (coordenação, equilíbrio, mobilidade e sincronização), as cognitivas (estímulo do pensamento, interação verbal, atenção, imaginação, percepção sensorial), de comunicação (tanto verbal como não verbal), e sócio-emocionais (ela ajuda a expressar e compartilhar sentimentos e promove a interação social).
O objetivo é sempre o de restabelecer ou melhorar a saúde por meio de experiências musicais sublimadas. A própria história conta, por exemplo, que Filipe V de Espanha (1683-1746), conhecido como Filipe de Anjou, que, sofrendo de uma aguda depressão, contratou o italiano Farinelli (1705-1782) – como era conhecido Carlo Maria Broschi, um lendário intérprete do século XVIII, o mais popular e bem pago da Europa em sua época, como cantor pessoal de ópera, depois de comover-se com a expressividade de sua voz.
Filipe V, de Espanha
O tipo de música e os efeitos que produz dependem da freqüência do som (as vibrações mais rápidas produzem um estímulo nervoso intenso; as lentas têm um poder relaxante), de sua intensidade (se a pessoa estiver triste e cantar em volume alto, por exemplo, ficará animada), do timbre, do tom, dos intervalos (que são a origem da melodia e da harmonia) e da duração (que é a base do ritmo).
A produção do som, levando em conta esses aspectos, pode transformar o estado de ânimo, ajudar a antecipar, organizar e sincronizar o movimento, estimular a imaginação e a memória, normalizar a comunicação e facilitar a expressão dos sentimentos.
Utilizada em crianças melhora sua auto-estima, atenção, concentração, coordenação, aprendizagem e socialização, assim como na terceira idade. Mas também a música elevada é indicada para adultos com problemas físicos, emocionais, intelectuais e sociais, ou simplesmente para melhorar o bem-estar pessoal. Afinal, a música é uma conduta humana e toda pessoa é um ser musical, ainda que nada saiba compor ou sequer tenha ritmo e saiba cantar.
Carlo Maria Michelangelo Nicola Broschi, Farinelli.
Farinelli segundo
Johann Joachim Quantz
Johann Joachim Quantz, escritor, admirador do talento inato de Farinelli, certa vez observou que "sua extensão vocal abrangia do Lá2 até Ré6". E explicou:
"Farinelli tem uma voz de soprano ligeiro, completa, rica, luminosa e bem trabalhada, com uma extensão que abrange desde o Lá debaixo do Dó central a Ré três oitavas acima do Dó médio…
"Sua entonação era pura, seus vibratos maravilhosos, seu controle sobre sua respiração era extraordinário e sua garganta muito ágil, porque cantou os intervalos mais amplos rapidamente e com a maior facilidade e firmeza.
"As passagens das obras e todo tipo de melismas não representaram dificuldades para ele. Na invenção das ornamentações livres nos adágios foi muito fértil".
A boa música exterioriza
experiências subjetivas
A música é indiscutivelmente um meio para se comunicar que evoca, associa e integra, e nisso reside seu valor terapêutico para exteriorizar as experiências subjetivas e restabelecer o equilíbrio. Com certeza, a magia do som continua existindo no Universo Sideral, afetando toda a vida em todos os Mundos conhecidos ou não.
De acordo com o estudo divulgado pela publicação especializada “Journal of Advanced Nursing”, a redução dos níveis de dor daqueles que ouviam música elevada foi superior do que a dos que não ouviam. O índice dos que sentiam depressão em decorrência da dor crônica também diminuiu 25%, enquanto que o índice dos que não escutavam música com regularidade permaneceu inalterado. Isso é cientifico.
(continua)
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Evangelho da música
– 10 –
MÚSICA: O SOM QUE REGE A ALMA.
Paula Isabele/ www.boavontade.com
Você já imaginou sua vida sem música? Você conseguiria passar um dia inteiro sem ouvir a harmonia de uma partitura ou sem cantar uma de suas músicas favoritas?
A História da Humanidade nos mostra que a música está presente nas sociedades há milênios, desde as mais primitivas até as atuais. Além de ser uma das formas de expressão mais conhecidas e utilizadas pelas pessoas, a música manifesta-se a todo instante, seja por meio dos sons da natureza ou por meio dos aparelhos eletrônicos.
Ela transmite alegria, nos ajuda a exprimir emoções, congregar mensagens e valores, e ainda tem o poder de unir os povos. Por isso a importância das melodias serem sempre de boa qualidade, despertando sentimentos elevados em nós, a fim de proporcionar momentos de reflexão e alto-astral, a exemplo das Músicas Legionárias.
Na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo – Religião do Amor Fraternal, as canções são apresentadas durante as reuniões públicas, cerimônias ecumênicas e nas atividades da Militância da Boa Vontade de Deus. Elas emocionam àqueles que as escutam, levando conhecimento e conforto espiritual.
Música Legionária é, portanto, uma sinfonia que integra culturas, ciências, religiões e filosofias, em escalas colaborativas da Humanidade. É a capacidade de cantar com o coração e ser entendido em qualquer idioma ou idade. É visão ecumênica e solidária que une as Almas, porque fala ao que é perene.
O repertório do gênero legionário reúne composições que revelam a identidade no Bem, são inspiradas em Jesus, o Cristo Ecumênico, e em diferentes estilos musicais, apresentam o grande tema comum às criaturas de Deus: o Amor Solidário Divino, que transforma o mundo.
Afirma o compositor José de Paiva Netto: "O Universo de Deus é a mais bela partitura jamais criada". O compositor define também que: "A boa música é um elo inquebrantável que une o Ser Humano a Deus".
(continua)
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Evangelho da música
– 11 –
CASOS DA MÚSICA APLICADA
NO TRATAMENTO DE ENFERMIDADES.
Julliane Silveira (da Folha de S.Paulo)
1º) Pesquisa mostra que sessões de musicoterapia
conseguem reduzir a hipertensão.
Dados preliminares de um estudo sobre uso de música na recuperação de cardíacos que será publicado nos "Arquivos Brasileiros de Cardiologia" também são promissores. A musicoterapeuta Cláudia Regina de Oliveira Zanini, professora doutora da Escola de Música e Artes Cênicas, da Universidade Federal de Goiás, e doutora em Ciências da Saúde e Administração de Empresas, avaliou o uso da técnica em pacientes hipertensos para sua tese de doutorado.
Zanini observou 46 pacientes da liga de hipertensão da universidade durante três meses. Metade deles participou de sessões de audição musical, composição e improvisação vocal, além de exercícios de respiração e relaxamento voltados para a música durante 30 minutos por semana. Ao final do período, a pressão arterial desse grupo havia caído de 150 mmHg por 90 mmHg para 133 mmHg por 80 mmHg. Já o grupo controle não apresentou redução significativa.
"O tratamento da hipertensão é de longo prazo, e muitos pacientes não aderem a ele. Entre os que têm pressão alta, somente 50% sabem disso e só 10% têm sucesso porque seguem o tratamento. Eu proponho a musicoterapia como um tratamento não medicamentoso, que seja um coadjuvante", afirma Zanini.
Para a cardiologista pediátrica Thamine Hatem, do Real Hospital Português de Beneficência, em Recife, o uso da música ajuda na recuperação mais rápida dos pacientes, pois as reações provocadas no organismo pela música podem diminuir o uso de sedativos e remédios para a dor.
"Quanto menor o uso de analgésicos e de sedativos, melhor. Quanto menos tempo a criança passa na UTI, menor é o risco de infecção", diz.
Hatem publicou, em 2006, uma pesquisa que avaliou como reagiram 84 crianças de até 14 anos nas primeiras 24 horas após uma cirurgia cardíaca, depois de uma sessão de música erudita. "Dava para ver que, se a criança estava angustiada e chorosa, acalmava-se ao colocar o fone de ouvido; muitas crianças dormiam durante o processo."
As crianças ouviram "A Primavera", de Vivaldi, por meia hora e tiveram melhora no ritmo de batimentos cardíacos, na frequência respiratória e na sensação de dor. "Uma frequência cardíaca muito alta aumenta a pressão e o risco de sangramento. Já a frequência respiratória elevada significa desconforto ou problema pulmonar -se é controlada, mostra que era causada mais por um desconforto", explica.
A aposentada Eunice da Silva Ferreira, 52, também sentiu os benefícios do uso da música após a cirurgia para colocar duas pontes mamárias no INC (Instituto Nacional de Cardiologia), no Rio de Janeiro. Foram instaladas caixas de som ao lado dos leitos, que transmitem música erudita, sons da natureza e canções próprias para relaxamento durante todo o dia, das 8h às 22h.
"O ambiente hospitalar é frio, há pessoas sedadas. Eu tenho uma doença sem cura, e a música me ajudava a me desligar um pouco da realidade. O uso da música deu tão certo que nós pedíamos aos funcionários que colocassem sempre", diz Eunice, que acompanhou a implantação das caixas de som na UTI do instituto.
De acordo com o INC, um ano após a instalação de caixas de som na UTI, houve uma redução de 40% no consumo de tranquilizantes e sedativos. Os pacientes podem até pedir aos funcionários que desliguem o som, mas, dizem os médicos, ninguém nunca o fez.
"A UTI tem muito barulho, luz acessa, aparelhos. O paciente está ansioso com o que vai acontecer e isso gera um estresse grande. As diretrizes [orientações das sociedades médicas] indicam ansiolíticos aos pacientes; muitos não conseguem dormir à noite, a ansiedade aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial", diz o cardiologista Marco Antonio de Mattos, diretor do INC.
Escolhas musicais
Na maioria dos estudos, as músicas utilizadas têm ritmos constantes, harmonias consonantes e são mais calmas, características que ajudam o paciente a relaxar.
"Não é qualquer música clássica que produz relaxamento. É preciso pensar em músicas mais calmas, com menor número de batimentos por minutos e que sejam bem harmônicas e agradáveis", aconselha o neurocientista Felipe Viegas Rodrigues, pesquisador do Laboratório de Neurociência e Comportamento da Universidade de São Paulo, USP.
No entanto, fatores culturais e o gosto pessoal também devem ser levados em consideração na hora de utilizar a música como componente na recuperação do paciente.
"É preciso curtir a música, usufruir dela e de seus efeitos benéficos", sugere o neurologista Mauro Muszkat, coordenador do In Music, grupo multidisciplinar da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) que estuda a ação da música no organismo.
Não é possível, no entanto, determinar por quanto tempo o paciente deve ouvir música e quais seriam os tipos mais indicados. Muszkat resume: "Não dá para dizer o tempo adequado para cada indivíduo. De maneira didática, ouvir mais músicas, com graus diferentes de complexidade, um repertório variado, facilita ao organismo processar esses sons de formas mais variadas e mais amplas, inclusive com benefícios no sistema cardiovascular."
2º) Pesquisa no Graac vai mensurar o impacto
da musicoterapia no tratamento de crianças e adolescentes.
A musicoterapia está sendo usada para diminuir a dor crônica de crianças e adolescentes com câncer. O trabalho faz parte de uma pesquisa no Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) e quer mostrar, de forma bem objetiva, o quanto a música pode fazer bem ao paciente.
Jovens com idade entre 7 e 19 anos participaram das sessões e relataram alívio imediato da dor. “Ela não desaparece, mas diminui bastante”, explica Maristela Smith, coordenadora da pesquisa e dos cursos de musicoterapia da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).
No início da terapia, a criança usa uma escala de zero a dez para classificar sua dor. “Há casos em que o paciente diz que a dor diminuiu pela metade”, afirma a especialista. E isso acontece por uma combinação de fatores psicológicos, endocrinológicos e neurológicos. Com um trabalho constante e adequado, a musicoterapia pode transformar o alívio imediato da dor em algo mais duradouro, facilitando o tratamento do jovem com câncer.
O primeiro passo do tratamento foi estabelecer a identidade musical do paciente. Neste momento, identificou-se quais as músicas preferidas do jovem, qual estilo ele gostava mais e que tipo de boa associação ele possuía. Por exemplo, algumas músicas podem lembrar bons amigos e familiares próximos, ou experiência de vida positivas e agradáveis. “Isso foi usado para criar um tratamento personalizado”, esclareceu Maristela Smith.
Em determinado momento do tratamento, o paciente foi convidado a recuperar associações de experiências positivas. Para que isso aconteça, a exposição à música durou cerca de oito minutos. “Este é o tempo mínimo necessário para impressionar o cérebro”, explicou Maristela.
No segundo passo, o paciente é levado a uma sala com instrumentos musicais especialmente selecionados para ele fazer música. “São ritmos e movimentos para melhorar sua auto-imagem”.
O jovem com câncer geralmente se vê de maneira muito negativa, relata a pesquisadora. Ele perde os cabelos com a quimioterapia, está sempre tenso por causa da dor e do tratamento médico.
No contato com a música é também ativo. Diferente de quando se escuta musica (processo passivo). “Isso ajuda o adolescente a resgatar um pouco da autoconfiança porque ele cria, ele faz música. E vai melhorando sua auto-imagem”.
Tanto o processo de produção quanto o de audição da música, todos feitos com a devida supervisão, favorecem a produção de endorfina. Este hormônio está ligado com sensações de bem-estar, que podem reduzir a dor. A música também ajuda os músculos a relaxarem e, assim, diminui a tensão do paciente.
Outro mecanismo é chamado de dissociação da dor. “Por estar presente e ser constante, a dor limita bastante aquilo que o paciente se dispõe a fazer. Mas quando o paciente se envolve com a música, sua atenção passa a ser dividida. Parte continua focada na dor, mas outra parte se volta para musica. Com a atenção dividida, a percepção de dor diminui.”
Por enquanto, a redução da dor é relatada apenas pelos depoimentos dos pacientes. Mas em cerca de dois anos, Maristela Smith, coordenadora da pesquisa e dos cursos de musicoterapia da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), espera poder quantificar de forma precisa o impacto da musicoterapia em jovens com câncer e dor crônica.
(continua)
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Evangelho da música
– 12 –
O RITMO INTERFERE
NAS MOLÉCULAS DO CORPO.
Como se vê, nada no Cosmos vibra sem a Música. Ela é fundamento até mesmo para um instante de silêncio. O ritmo se incorpora a todas as concepções humanas, no domínio das artes, das ciências, da indústria, do comercio e de toda a civilização.
O som é produzido por rápidas oscilações impostas a um corpo elástico por uma excitação qualquer e se propaga em consequência de tais movimentos vibratórios acarretarem o abalo sucessivo das moléculas de outros meios elásticos circundantes, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos, inclusive o ar atmosférico. Quando estas vibrações são rigorosamente regulares e harmônicas obtém-se um som musical e em caso contrario, um ruído.
O universo sonoro envolve todas as coisas de tal maneira, que mesmo sem nos darmos conta, somos possuidores de uma historia sonora individual, composta através do tempo por todos os momentos da vida. Em nosso sistema nervoso central são memorizados sons que identificamos como referencia de perigo, medo, aflição, alegria, paz; somos capazes de naturalmente modificar nossa marcha ao andar adaptando-a a um ritmo que esta sendo sentido no momento da ação, seja de marteladas sucessivas em uma construção próxima ou mesmo de uma musica.
A Música e
suas funções.
Os estudos relativos a Música persistem desde séculos. O filósofo, matemático e astrônomo grego Pitágoras, por exemplo, desenvolveu uma teoria segundo a qual, cada planeta movendo-se no espaço emite um determinado som, formando uma escala.
Pesquisadores contemporâneos empenham-se também na busca por compreender o significado e a importância da Música para a vida e para a organização da sociedade. No percurso cientifico, contradições e polemicas por vezes se fazem presentes, porém, o fato de que a Música está presente durante toda a vida do ser humano, o acompanhando desde o ventre materno, e até antes da concepção, no Mundo Espiritual, é ponto pacifico. Através dela e possível expressar ideias, sentimentos, frustrações, medos, elaborar pensamentos, estabelecer raciocínio logico etc.
A Música facilita a comunicação permitindo que assuntos difíceis de serem discutidos se manifestem por intermédio da Música. Sendo assim, a Música cumpre com algumas funções como, por exemplo, expressar emoções, proporcionar prazer estético, simbolizar ideias e comportamentos, unir pessoas de crenças, etnias e grupos sociais distintos, impor conformidade às regras e condutas sociais, comunicar, educar, recrear, instigar determinada reação física, preparar um ambiente para determinada atividade, validar instituições e rituais religiosos e contribuir para a estabilidade e continuidade da cultura.
Além destas funções, os estudos referentes a função da Música na educação, apontam esta arte como capaz de estimular todo o desenvolvimento moral, físico e cognitivo da criança. Um primor para a vida.
(continua)
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Evangelho da música
– 13 –
FALANDO ÀS MÃES: IDENTIDADE MUSICAL
– CADA UM TEM A SUA.
Toda pessoa tem uma identidade sonora, uma preferência musical elevada ou não. Sons que agradam a um nem sempre agradam ao outro. Mas toda música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno.
A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal.
A música terapêutica é assim, trabalha não só com estas preferências, mas também com o silêncio, a pausa, que também têm sua importância para uma terapia eficaz, uma vez que o silêncio é uma forma de linguagem tanto quanto a palavra.
O que se espera em tudo isso não é que a pessoa conheça música, mas a linguagem musical que ela expressa e aprenda a se conhecer melhor. Não existe o certo ou o errado na melodia. Mas sim no momento que se pensa na estética da letra contida no material apresentado.
Quem não teve a experiência de ouvir canções de ninar enquanto foi embalado por suas mães? E o ritmo forte das canções de exaltação a estimular a expressão, o cognitivo e a memória? Nossas mais caras lembranças e dissabores geralmente são marcados pela música. Sejam nas escolas, nas empresas, nos hospitais ou instituições, não há restrição de idade, pensamento ou etnia, a música atinge em cheio, desde os bebês até as pessoas idosas.
Música, sentimento
que estimula a razão.
Sendo inerente ao ser humano, a música é capaz de estimular e despertar emoções, reações, sensações e sentimentos. Qualquer pessoa é susceptível de apreciar música. Ela tanto pode ajudar crianças com deficiência mental, quanto pacientes com problemas motores, aqueles que tenham tido derrame, os portadores de doenças mentais, como o psicótico, ou ainda pessoas com depressão, estressadas ou tensas. A Música tem servido também para cuidar de aidéticos e indivíduos com câncer.
Não há restrição, todos podem ser beneficiados pela Música. Até em pacientes com autismo e na esquizofrenia, a musica pode ser a primeira técnica de aproximação, pois atua como coadjuvante no psicológico da pessoa, contribuindo na modificação dos problemas emocionais, nas atitudes, na energia dinâmica psíquica, que será o esforço para modificar qualquer patologia física ou psíquica.
Filhos problema?
A música pode ajudar?
Muitos pais têm dúvidas sobre como ajudar o seu filho, embora as crianças manifestem comportamentos que indicam algo errado. Um baixo rendimento escolar, violência, estresse, dificuldade de atenção, entre outros, são dificuldades existentes em todas as crianças, e a maioria dos pais, procuram ajuda de um pediatra, um psicólogo, e profissionais afins, para que a criança supere as dificuldades. Em geral, os pais podem se sentir culpados pelas dificuldades enfrentadas pelos filhos.
A boa música, adequada ao perfil da criança, pode ajudar. Cabe ao profissional que trata da criança determinar o tratamento psicoterapêutico adequado ao perfil do paciente; meio pelo qual será a base de todo o processo clínico, envolvendo emoção, sentimentos, conflitos, repressões e quaisquer outras dificuldades que façam parte da queixa.
Em geral, a escola indica as primeiras mudanças de comportamento da criança, e é o professor que encaminha a criança para algum atendimento ou avaliação psicoterapêutica quando observa, por exemplo, que a criança se envolve com freqüência em brigas; chora com freqüência; agride verbalmente aos outros colegas e professores; a criança permanece muito quieta; apresenta dificuldades em manter um círculo de amizades; entre outros, esses são os mais comuns.
Certamente, nem todos os conflitos precisam de um acompanhamento psicológico, mas se o seu filho parece precisar de ajuda, você deve consultar um profissional que possa orientar. Esse profissional poderá determinar se as dificuldades apresentadas pela criança necessitam ou não de uma possível intervenção médica. Em alguns casos, o problema pode ser superado apenas com uma orientação aos pais e professores, ou com um diálogo franco e amoroso com a criança que identifique qualquer problema emocional, mental ou físico.
A tradicional
"Canção de Ninar"
Encontre respostas, partilhe as suas experiências, alegrias, dúvidas e anseios com outras mães e futuras mães.
Pausa para
o conhecimento
Existem diversas formas – sempre relacionadas com o motivo do choro – que poderá tentar para acalmar o choro do bebê. É importante ter em mente que nem todas estas formas farão o mesmo efeito em todos os bebês, por isso o mais importante que pode fazer é ir experimentando, e ao mesmo tempo ir aprendendo a conhecer o seu bebê. Com o tempo começará a compreender os seus choros e, por consequência, as suas necessidades.
Embrulhe o bebé num
pequeno cobertor e segure-o
Um dos grandes motivos, até há pouco desconhecidos, é que pelo fato do bebê não ter um total controle sobre as próprias mãos e pés, ele poderá agitá-los involuntariamente, e sentir-se desesperado pelo fato de não os conseguir controlar. Se embrulhar o seu bebê num tecido macio, envolvendo-o do pescoço para baixo, incluindo braços e pernas, ele se sentirá mais calmo e seguro tal como estava no útero materno.
Poderá colocá-lo no berço ou segurá-lo no colo desta forma, e ele certamente apreciará o contato. Colocar o bebê perto do coração, de encontro ao peito, poderá ser uma forma dele se sentir próximo de si, seguro e tranquilo tal como quando estava no útero materno.
Dê ritmo ao bebê
O bebé desde sempre foi habituado ao ritmo constante: o bater do coração quando estava no útero sempre foi para ele sinónimo de calma e de um ambiente conhecido. Devido a este fato, os movimentos ou sons ritmados são calmantes para um bebê. U'a música suave, um embalar ritmado, o passear de automóvel, enfim tudo aquilo que tenha uma sensação de repetibilidade para uma criança pequena ode ser algo que a acalme.
Cante para
o seu bebê
Muitos bebês adoram uma canção de embalar, especialmente cantada pela mamãe dele. Quer ande com ele ao colo a embalá-lo e a cantar uma música, quer o coloque no berço ao som da sua voz, ou mesmo o embale numa cadeira de balanço, o cantar e o embalar pode ser um mágico calmante para o seu bebê.
Massajeie
o seu bebê
O passar a sua mão gentilmente nas costas ou na barriga do bebê, pode ajudá-lo a libertar-se das cólicas provocadas pelo acúmulo de gases no ventre. Se ele parecer querer arrotar, então coloque-o junto ao seu peito com a cabeça pousada no seu ombro, massajando-lhe as costas para que ele consiga arrotar melhor, depois de ter sido alimentado.
Coloque-o na
posição vertical
Caso o seu bebê sofra de refluxo, ele poderá chorar muito.
Mantenha-o na vertical durante cerca de 30 minutos depois de ter sido alimentado, pois isso ajuda a eliminar o refluxo devido à gravidade, ajudando no processo de manter o alimento no estômago. Depois da alimentação evite movimentar o bebê muito, pelo menos nos 30 minutos seguintes. Se alimentar o bebê o período de tempo será maior, pois é de mais difícil a digestão dele.
Dê a seu filho estímulos
para uma chuca
Muitas vezes um bebê recém-nascido tem uma grande necessidade de sucção, podendo ser acalmado com uma chucha ou um boneco (limpo) onde possa chuchar. O chuchar num bebé pode ser um poderoso calmante.
Relaxe e
partilhe as emoções
Um bebê que chore constantemente pode ser algo muito stressante, especialmente se não compreender o porquê do choro. Se souber que as necessidades do recém-nascido já estão satisfeitas, se souber que ele não está doente, então não se culpe por não compreender o porquê do choro.
É importante que a mãe esteja calma para conseguir acalmar o seu bebê. Se notar que a sua paciência está terminando, então peça a um familiar, a uma amiga ou ao seu companheiro para tomar conta dele por um bocado de tempo enquanto vai relaxar: vá dar um passeio e tente não pensar sempre no mesmo assunto, certamente quando voltar para casa, estará muito mais relaxada para poder tomar conta dele.
Se não puder sair de casa, coloque uma música clássica, ou de meditação, para além de ser algo que acalme o seu bebê, também serva de relaxamento para você.
Converse com outras mães
que enfrentam a mesma dificuldade
É sempre bom partilhar experiências comuns e encontrar empatia para o mesmo desafio. Por vezes aceitar que têm um bebê que simplesmente chora muito é o melhor remédio. Afinal ele não tem nada de mal, é apenas mais temperamental que outros recèm-nascidos. Saiba que isto é apenas durante uns meses, em breve ele saberá exprimir-se de outras formas que não no choro. Esta fase é apenas isso: uma fase, e dentro em breve passa.
Sem dúvida, a música é um meio pelo qual o bebê pode se acalmar, transmitindo a ele tranquilidade, conforto e carinho, quando tocada por instrumento mecânico ou cantarolada pela mamãe. O embalo do ninar, as vozes, a música cantada e o silêncio constroem o universo sonoro da criança.
É preciso, no entanto, ficar atenta aos níveis de ruídos próximos de bebês, quais sons lhe soam agradáveis, e outros que lhe soam desagradáveis. A atenção da mamãe a esses que lhes soam agradáveis são o que transmite maior tranquilidade a criança e merecem ser mantidos.
(continua)
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Evangelho da música
– 14 –
MÚSICA: LINGUAGEM
CÓSMICA, UNIVERSAL.
Ramatis – jovem de inteligência fulgurante que viveu na Indochina, no século X, e foi instrutor em um dos inumeráveis santuários iniciáticos da Índia – costumava dizer que “a Música em qualquer latitude é linguagem universal; é uma dádiva que Deus concede ao Espírito para a sua ventura eterna. É poesia cósmica expressa em sons, em vez de palavras".
Ele acreditava que "a Música é a composição sonora que vibra pelo infinito sob a batuta do Regente Divino. Traz em sua intimidade a palpitação da própria Natureza; é plena de forças criadoras, contendo em si a beleza, a poesia, a inspiração e o êxtase. Manifesta-se sob os desígnios amorosos do Pai Eterno, a todos os seus filhos".
De fato, quando inspirada pelo mais Alto, "a mensagem musical é sentida mesmo através da emotividade rude e primária do selvagem, embora seja música monótona, cujo ritmo cansa e desagrada ao civilizado. No entanto, quando o próprio silvícola se impregna do calor e da energia criadora da música, o seu ritmo letárgico e indiferente cria vida e alento".
O bongo (foto) nasceu do talento primitivo, e hoje está consagrado em todo o mundo.
O batuque enfadonho penetra, implacavelmente, na psique dos mais desprevenidos e, às vezes, o transe hipnótico comprova a força que há na linguagem dos sons, embora primitivos. É a função verdadeira da música na alma, em qualquer estado espiritual e situação geográfica do mundo.
Modernamente, novos instrumentos musicais são incorporados a vida contemporânea. Exemplo do moodswinger, um instrumento musical de 12 cordas, cujo som é amplificado eletronicamente. A afinação é um círculo de quartas: E-A-D-G-C-F-A#-D#-G#-C#-F#-B.
A mediunidade é um dos instrumentos musicais mais apreciados por Deus. É pela intuição que "o Pai Celestial provê o Anjo no seu cósmico entendimento, dando-lhe o êxtase através da músicas das esferas, mas envia também, ao seu filho que mal inicia os rudimentos de linguagem no seio da floresta, a mensagem viva dos sons que lhe aquecem os sonhos primitivos e lhe amansam a alma embrutecida.”
Ouvindo uma canção, em especial aquelas que têm um conteúdo elevado, sentimos o bem que faz a Alma, e para a saúde – embora seja a intuição, como já enfatizamos, o moto-perpétuo que me alça atenção nas coisas que dizem respeito à minha identidade com Deus.
Aquela pessoa que se afina com sons melodiosos e letras de elevado sentido espiritual, é automaticamente levado a “raciocinar em sons”, em formas de linguagem e em cores que falam a sua sensibilidade, inspirando a criatura, contribuindo para livrá-la dos dramas habituais da Terra. Trata-se da vivência da emoção superior a inspirar a pessoa no foco da sagrada ortodoxia da Boa Vontade de Deus.
Ramatis
Pois, não resta dúvida que o hábito de ouvir um “labor divino, de alta significação na escala sideral, auxilia a alma humana a conquistar apreciável satisfação moral com o mais alto grau de atenção para as coisas espirituais elevadas”. A música nos ajuda na concentração.