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Lição de casa 01
Reforma Ortográfica
da Língua Portuguesa
Em 29 de setembro de 2008, foi oficializada pelo governo federal a reforma ortográfica brasileira. As novas regras ortográficas estão valendo desde o dia 1 de janeiro de 2009 e foram implementadas em 2011.
Confira em tabelas as principais mudanças da reforma ortográfica acordada pelas nações de língua portuguesa em todo o mundo.
ALFABETO | Como era | NOVA REGRA | COMO ESTÁ |
---|---|---|---|
O alfabeto era formado por 23 letras, mais as letras chamadas de ‘especiais’ k, w, y. | O alfabeto é formado por 26 letras. |
As letras k, w, y fazem parte do alfabeto.São usadas em siglas, símbolos,nomes próprios estrangeiros eseus derivados. Exemplos:km, watt, Byron, byroniano. |
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TREMA | Como era | NOVA REGRA | COMO ESTÁ |
agüentar, conseqüência,cinqüenta, qüinqüênio,freqüência, freqüente,eloqüência, eloqüente,argüição, delinqüir,pingüim, tranqüilo, lingüiça | O trema é eliminado em palavras portuguesas e aportuguesadas. | aguentar, consequência,cinquenta, quinquênio,frequência, frequente,eloquência, eloquente,arguição, delinquir,pinguim, tranquilo, linguiça | |
• O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano, hübneriano. |
ACENTUAÇÃO | Como era | NOVA REGRA | COMO ESTÁ |
---|---|---|---|
assembléia, platéia,idéia, colméia,boléia, panacéia,Coréia, hebréia, bóia,paranóia, jibóia, apóio (forma verbal),heróico, paranóico | Não se acentuam osditongos abertos -ei e -oinas palavras paroxítonas. | assembleia, plateia,ideia, colmeia,boleia, panaceia,Coreia, hebreia, boia, paranoia,jiboia, apoio (forma verbal),heroico, paranoico | |
• O acento nos ditongos -éi e -ói permanece nas palavras oxítonas e monossílabos tônicos de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis.
• O acento no ditongo aberto -éu permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu.
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enjôo (subst. e forma verbal),vôo (subst. e forma verbal),corôo, perdôo, côo,môo, abençôo, povôo | Não se acentua o hiato -oo. | enjoo (subst. e forma verbal),voo (subst. e forma verbal),coroo, perdoo, coo,moo, abençoo, povoo | |
crêem, dêem, lêem, vêemdescrêem, relêem, revêem |
Não se acentua o hiato -ee dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados ( 3a p. pl.). |
creem, deem, leem, veem,descreem, releem, reveem |
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pára (verbo),péla (subst. e verbo),pêlo (subst.),pêra (subst.), péra (subst.),pólo (subst.) |
Não se acentuam as palavras paroxítonasque são homógrafas. |
para (verbo),pela (subst. e verbo),pelo (subst.),pera (subst), pera (subst.),polo (subst.) |
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• O acento diferencial permanece nos homógrafos: pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo).
• O acento diferencial permanece em: pôr (verbo) em oposição a por (preposição).
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argúi, apazigúe, averigúe,enxagúe, obliqúe | Não se acentua o -u tôniconas formas verbais rizotônicas (acento na raiz), quando precedido de g ou q e seguido de -eou -i (grupos que/qui e gue/gui). | argui, apazigue, averigue,enxague, oblique | |
baiúca, boiúnacheiínho, saiínhafeiúra, feiúme |
Não se acentuam o -i e -u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo. |
baiuca, boiuna ,cheiinho, saiinha,feiura, feiume |
HÍFEN ACENTUAÇÃO |
Como era | NOVA REGRA | COMO ESTÁ |
---|---|---|---|
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade,auto-regulamentação, auto-sugestão,contra-senso, contra-regra, contra-senha,extra-regimento, extra-sístole, extra-seco,infra-som, infra-renal, ultra-romântico,ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético,supra-renal, supra-sensível | Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes se duplicarem. | antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade,autorregulamentação, autossugestão,contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco,infrassom, infrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, semirreal, semissintético, suprarrenal, suprassensível | |
• O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter, terminados em -r, aparecem combinados com elementos também iniciados por -r: hiper-rancoroso, hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente, super-revista, etc. |
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auto-afirmação, auto-ajuda,auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada,auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial,infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino,neo-expressionista, neo-imperialista,semi-aberto, semi-árido, semi-automático,semi-embriagado, semi-obscuridade,supra-ocular, ultra-elevado
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Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente. |
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado |
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• Esta nova regra normatiza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, coeducação, agroindustrial, socioeconômico, etc.
• O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por -h: ante-hipófise, anti-herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-herbáceo, super-homem, supra-hepático, etc.
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antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário,antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade,microondas, microônibus, microorgânico |
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual.
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anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-imperalista,arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas,micro-ônibus, micro-orgânico | |
• Estes compostos, anteriormente grafados em uma única palavra, escrevem-se agora com hífen por força da regra anterior.
• Esta regra normatiza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na língua em compostos (nestes casos, o hífen permanece) como: auto-observação, contra-argumento, contra-almirante, eletro-ótica, extra-atmosférico, infra-assinado, infra-axilar, semi-interno, semi-integral, supra-uricular, supra-axilar, ultra-apressado, etc.
• No caso do prefixo co- , em geral, não se usa o hífen, mesmo que o segundo elemento comece pela vogal o, a exemplo de: cooperação, e coordenar.
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manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista,pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento |
Não se emprega o hífen em certos compostos em que se perdeu, em certa medida, a noção de composição.
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mandachuva, paraquedas, paraquedista,paralama, parabrisa, parachoque, paravento | |
• O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação e constituem uma unidade sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas. Veja os exemplos: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi, formiga-branca, etc. |
Observações Gerais
b. nos compostos com os prefixos circum- e pan- quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n:
pan-americano,
circum-navegação.
c. nos compostos com os prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- quando o segundo elemento tem vida própria na língua:
pré-natal,
pró-desarmamento,
pós-graduação.
d. nos compostos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como -açu, -guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica entre ambos:
amoré-guaçu,
manacá-açu,
jacaré-açu,
Ceará-Mirim,
paraná-mirim.
f. nos compostos com os advérbios mal e bem quando estes formam uma unidade sintagmática e semântica e o segundo elemento começa por vogal ou -h:
bem-aventurado,
bem-estar,
bem-humorado,
mal-estar,
mal-humorado.
f.1. Entretanto, nem sempre os compostos com o advérbio bem escrevem-se sem hífen quando este prefixo é seguido por um elemento iniciado por consoante:
bem-nascido,
bem-criado,
bem-visto (ao contrário de malnascido, malcriado e malvisto).
g. O uso do hífen permanece nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem. Exemplos:
além-mar,
além-fronteiras,
aquém-oceano,
recém-casados,
sem-número,
sem-teto.
Não se emprega hífen nas locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais). Veja alguns casos:
cão de guarda,
fim de semana,
café com leite,
pão de mel,
sala de jantar,
cor de vinho,
ele próprio,
à vontade,
abaixo de,
acerca de,
a fim de que, etc.
São excessões ao uso do hífen algumas locuções já consagradas pelo uso. Veja os exemplos:
água-de-colônia,
arco-da-velha,
cor-de-rosa,
mais-que-perfeito,
pé-de-meia,
ao-deus-dará,
à queima-roupa.
Uso do Hífen: Tira-Dúvidas
guarda-chuva | bem-te-vi | luso-brasileiro |
guarda-roupa | ano-luz | couve-flor |
conta-gotas | afro-asiático |
arco-íris
|
• Observação: São escritas aglutinadamente palavras que não conservam a noção de composição. Exemplos: |
||
girassol | madressilva | mandachuva |
paraquedas | paraquedista |
1º elemento | 2º elemento | ||
---|---|---|---|
prefixo/pseudoprefixo | iniciado por h ou mesma vogal | iniciado por r ou s | iniciado por letra diferente |
aero | aerossol, erossondagem |
aeroelasticidade, aeroespacial, aerotransportar
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agro | agrossocial |
agroalimentar, agroexportador, agroindústria, agrovia
|
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ante | ante-histórico | anterrosto, antessala |
anteato, antedata, antediluviano, antegozo
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anti | anti-horário, anti-infeccioso | antirreformista, antisséptico, antissocial |
antiácido, antiaderente, antiaéreo, anticaspa, antieconômico, antijogo, antipólio
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arqui |
arqui-inimigo, arqui-hipérbole
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arquirrival | arquiapóstata, arquiepiscopado |
auto | auto-hipnose, auto-observação | autorrespeito, autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autosugestão |
autoafirmação, autoadesivo, autoajuda, autoanálise, autoelogio, autoestima, autoestrada, autoimunidade
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contra | contra-ataque, contra-harmônico | contrarreforma, contrarregra, contrassenso |
contraespionagem, contraindicação, contraoferta, contraordem
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eletro | eletro-ótica | eletrorradiologia, eletrossiderurgia |
eletrodoméstico, eletroeletrônico, eletroidráulico, eletroímã
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extra | extra-abdominal, extra-hepático | extrarregulamentar, extrassensorial |
extraclasse, extraescolar, extrafino, extrajudicial, extraocular, extraoficial, extrauterino
|
hidro | hidrorragia, hidrossanitário |
hidroelétrica, hidromassagem, hidrovia
|
|
infra | infra-assinado | infrarrenal, infrassom |
infraescrito, infraestrutura
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intra |
intra-auricular, intra-hepático
|
intrassociedade | intraocular, intrauterino |
micro |
micro-hábitat, micro-ondas, micro-ônibus, micro-organismo
|
microrradiografia, microssegundo, microssistema | microeconomia, microtom, microtúbulo |
mini | mini-hotel |
minirrádio, minirrestaurante, minissaia
|
minifúndio |
multi |
multi-infecção, multi-inseticida
|
multirracial, multissecular | multipotente, multiungulado |
neo | neo-hebraico, neo-ortodoxo | neorrealista, neorromântico |
neoexpressionismo, neoimpressionismo, neoliberal
|
poli |
poli-infecção, poli-insaturado
|
polissílabo, polirrizo | poliarquia, polietileno |
pseudo |
pseudo-hermafrodita, pseudo-orgasmo
|
pseudossigla, pseudossufixo | pseudoárbitro, pseudoesfera |
radio | radiorreceptor, radiorrelógio |
radioamador, radiojornal, radiopatrulha
|
|
re |
re-editar, re-embolsar, re-encontro, re-equilibrar, re-escrever
|
ressalgar | reocupar |
semi | semi-herbáceo, semi-interno | semirreta, semissintético |
semiacabado, semianalfabeto, semiárido, semieixo, semivirgem
|
sobre |
sobre-humano, sobre-exceder
|
sobrerrestou, sobressair | sobrescrito, sobreinteligível |
supra |
supra-axilar, supra-humano
|
suprarrenal, suprassumo | suprarracional |
tele |
tele-educação, tele-entrega
|
telerreceptor | teledisco, teleimpressor |
ultra | ultra-humano |
ultrarrápido, ultrarrealismo, ultrarromântico, uItrassofisticado, ultrassom
|
ultraeconômico, ultramar, ultraoceânico, ultravioleta |
Exceção: co | coocupante, coonestar, co-herdeiro | correlato, corréu, cossecante, cossegurado, cosseno | coeducar, coenzima, coessência |
3º) Nas composições com os seguintes prefixos:
1º elemento |
2º elemento iniciado por: |
Exemplos | Exceções | ||||||||
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<><> |
Vogal Igual | Vogal Diferente | H | R | S | M | N | qualquer letra | palavra com tonicidade | <><> | <><> |
sub- | <><> | <><> | X | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | sub- hepático,sub-base, subregião, subreptício, subrogar | |
hiper-, inter-, super- | <><> | <><> | X | X | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | hiper-requintado, inter-resistente, super-revista | |
circum-, pan- | X | X | X | <><> | <><> | X | X | <><> | <><> | circum-escolar, circum-hospitalar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano | |
além, aquém, recém, sem | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | X | <><> | aquém-fronteiras, recém-casado, sem-cerimônia, sem-número, sem- -vergonha | |
ex-, sota-, soto-, vice-, vizo- | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | X | <><> | ex-almirante, sota- -piloto, soto-mestre, vice-presidente, vizo-rei | |
bem- | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | X | <><> | bem-estar, bem-humorado, bem-criado, bem-mandado, bem-nascido, bem- -soante, bem-visto | bendizer, benquerença, benquerente, Benvindo, benfazejo |
mal- | X | X | X | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | mal-afortunado, mal-estar, mal- -humorado, malcriado, malmandado, mal- nascido, malsoante, malvisto | . |
pós-, pré-, pró- (tônicos acentuados) | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | <><> | X | pós-graduação,pós-tônico,pré-escolar,pró-africano,pró-europeu |
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Lição de casa 02
Bem, vindo!
Bem-vindo, e
Benvindo.
Para quem ainda tem dúvidas, aqui fica o esclarecimento: o adjetivo bem-vindo escreve-se com hífen, sendo uma palavra formada por justaposição.
Assim, nas expressões “seja bem-vindo”, “sentiu-se bem-vinda” e “serão bem-vindos”, em que a palavra tem sempre o sentido de “bem acolhido/a/os”, é esse adjetivo, com hífen entre os dois termos que formam o composto, que está presente.
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Lição de casa 03
Viagem ou
viajem?
Viagem e viajem são palavras homófonas, ou seja, possuem a mesma pronúncia. Então, no geral, causam dúvida quanto ao emprego na escrita: com “g” ou com “j”?
Observe: viagem é substantivo e, portanto, não admite flexão. Logo, quando flexionado, teremos viajem para a terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo: que eles viajem. Ou ainda no imperativo afirmativo: viajem eles.
Um substantivo, geralmente, vem antecedido por um artigo ou pronome ou um termo que o defina: a, o, uma, um, esta, essa, este, esse, aquele, aquela, boa. Veja exemplos com o substantivo viagem:
a) Uma viagem como esta não pode faltar na sua lua-de-mel!
b) Vamos iniciar a viagem com um pouco de música.
c) A viagem que nós fizemos foi perfeita!
d) Aquela viagem não foi muito boa, o lugar de dormir tinha muito barulho!
e) Vamos deixar essa viagem para um próximo feriado?
f) Certeza que essa viagem foi cancelada!
g) Você fez boa viagem?
No caso do verbo, há um sujeito acompanhando-o, praticando a determinada ação verbal. Logo, os pronomes, usualmente, se fazem presente:
a) Espero que eles viajem sem problemas.
b) Viajem seguros na companhia aérea que escolheram!
Em outras conjugações:
a) Eu viajarei tranquilo, pois estou em paz!
b) Nós viajamos mais de 2 mil km para estar aqui!
c) Ela não sabe viajar calada, então, não consegui dormir!
Portanto, não tem como errar mais, é só lembrar: Sempre use “j” nas conjugações verbais e “g” quando for substantivo!
Estude sempre!
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Lição de casa 04
“Dona de casa”
com ou sem hífen?
Pela nova ortografia, os compostos com elemento de conexão só receberão hifens se for palavra ligada à botânica ou à zoologia: copo-de-leite, banana-da-terra, joão-de-barro, galinha-d’Angola…
Isso significa que não se deve empregar o hífen nas locuções, sejam substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, nem mesmo nos compostos com elementos de conexão que não são nomes de animais ou plantas.
Portanto, escreva sem hífen:
– dona de casa,
– cão de guarda,
– fim de semana,
– pé de moleque (doce feito de rapadura ou açúcar e amendoim torrado),
– pé de cabra,
– general de divisão,
– pão de ló,
– fim de semana,
– disse me disse,
– dia a dia,
– passo a passo,
– sala de jantar (locuções substantivas);
– cor de açafrão,
– cor de café com leite,
– cor de vinho (locuções adjetivas);
– cada um, ele próprio (locuções pronominais);
– à parte, à vontade, por isso (locuções adverbiais);
– abaixo de, acima de, a fim de, quanto a (locuções prepositivas);
– a fim de que, ao passo que, logo que (locuções conjuncionais).
Assim sendo, agora não há mais dúvida: "dona de casa" deve ser escrita sem hifem.
Exceções:
– água-de-colônia,
– arco-da-velha,
– cor-de-rosa,
– mais-que-perfeito,
– pé-de-meia,
– ao deus-dará,
– à queima-roupa,
– cara de mamão-macho,
– bem-te-vi.
Estude sempre!
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Lição de casa 05
-am ou -ão
Todos concordam que o nosso melhor cartão de visitas é falar e escrever corretamente a nossa língua. Dificuldades na escrita são comuns.
Por isso, vamos destacar uma dúvida muito frequente: a questão do –am ou –ão.
Nos substantivos e adjetivos, sempre usamos –ão. Por exemplo: coração, irmão, reunião, atuação, turrão, valentão... Mas, quando temos de conjugar verbos, as duas formas existem e são corretas, Veja como a diferença é simples:
Se o verbo indicar futuro, devemos usar a terminação ão, como nesta máxima de Paiva Netto, extraída do segundo volume de O Brasil e o Apocalipse:
“Neste Templo até as pedras falarão que Deus é Espírito, e importa que seja adorado em Espírito e Verdade, como ensinou Jesus”.
Amanhã, os Jovens Legionários falarão sobre o tema no programa O Assunto é Jesus. (Eles ainda vão falar)
Mas, se o verbo indicar passado, usaremos –am:
“Acompanhando este estudo, Vocês comprovarão a existência de ciclos evolutivos, resultantes de um Sistema traçado por Deus, que conduz a História, dos quais falaram Kardec, Roustaing, Ubaldi e Zarur”. (Paiva Netto, em As Profecias sem Mistério)
Ontem, os Jovens Legionários falaram sobre o tema no programa O Assunto é Jesus. (Eles já falaram)
Então, quando relatar por escrito um acontecimento ou uma opinião, não se apresse!
Preste atenção, analise as palavras e repita-as em voz alta.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 06
onde ou aonde.
A Lição de Casa de hoje é referente à palavra onde. Chamamos sua atenção para dois pontos:
1º – Onde indica lugar físico e, portanto, não deve ser usado em situações em que a ideia de lugar não esteja presente.
2º – Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que se acrescenta e que indica movimento, destino.
Exemplos:
– A casa onde vivo é muito bem cuidada.
– A cidade aonde (para onde) vou fica muito longe daqui.
Não se pode usar aonde com o verbo morar e outros semelhantes.
Exemplos:
– Aonde você mora: (incorreto).
– Onde você mora? (correto).
Reforçando: Não use onde quando não se referir a lugar físico, ou seja, não se pode emprega-lo para ligar ideias que não guardam entre si a relação de lugar.
Exemplos:
– A rua onde mora”
– A cidade onde vive,
– A escola onde estudo,
– A empresa onde trabalhamos.
Em todas as frases, temos um lugar físico (rua, cidade, escola e empresa). Então, usamos onde e não aonde. Grafe em que, no qual, nos quais, nas quais para os demais casos em que não houver a ideia de lugar físico.
Para reforçar, este pensamento do escritor Paiva Netto: “A Alma não está somente onde vive, mas também onde ama. Para o coração, não existem distâncias intransponíveis”.
E extraímos o exemplo de aonde da belíssima prece, do mesmo autor, intitulada: “Jesus!”, cuja íntegra podemos ler na página 51 do livro Ao Coração de Deus – Coletânea Ecumênica de Orações:
“Na Terra, o Cristo é o Senhor!
Estará comigo aonde eu for.
Desço ao mar, subo aos Céus.
Vendo o ódio e os labéus.
Canto à Luz,
Grito forte: Jesus! (...)”.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 07
pronúncia.
Qual a pronúncia correta:
– Gratúito ou Gratuíto?
– Circúito ou Circuito?
– Fluído ou Flúido?
(Os acentos são apenas para evidenciar a pronúncia.)
A forma de pronunciar certas palavras nos deixa muitas vezes atrapalhados. Então, vejamos nos exemplos citados a pronúncia correta:
– gratúito,
– circúito,
– flúido.
Está surpreso?
Afinal, é muito comum ouvirmos essas palavras pronunciadas de forma errada, dando ênfase à letra í.
Agora, você já sabe; portanto, respeite a norma culta.
Nunca mais diga: O ingresso é gratuíto.
O certo é: O ingresso é gratuito. (Com ênfase no u e não no i.)
Lembre-se da pronúncia de muito. É uma diga simples e realmente funciona, pois ninguém fala muito, não é verdade?
E “fluido” e “fluido”?
Aí temos outra história. Nesse caso, ambos existem, mas têm significados diferentes.
Fluido é uma substância líquida ou gasosa. E fluido é particípio do verbo “fluir”.
Reforçando:
– Fluido = substantivo.
– Fluido = particípio do verbo “fluir”.
Exemplos:
– A água e os gases são fluidos.
– Fluido vital.
– Fluidos para os freios.
Como neste caso do irmão (espiritual) Flexa Dourada, que o escritor Paiva Netto fez publicar na edição número 110 da revista Jesus Está Chegando!, página 47:
"Música elevada no ambiente – O ambiente das Instituições da Boa Vontade produz fluidos. Música elevada precisa estar sempre presente. Os fluidos ficam dentro do ambiente. Isso vai renovando as células do organismo das pessoas. Isso ajuda os fluidos revitalizantes naquilo que a pessoa tem de maior necessidade na saúde (do corpo e da mente)”.
Vamos ver agora exemplos de particípio do verbo “fluir”:
– O tempo havia fluido rapidamente.
– A enfermeira estancou o sangue que tinha fuido do ferimento.
Lembrando que fluir significa proceder, provir, correr, manar, dirigir-se. Veja nesses exemplos:
– O trânsito flui mais livremente nos fns de semana.
– Todos os bons sentimentos fluem de Deus.
Estude sempre!
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Lição de casa 08
flexões do plural.
Olá! Em nosso idioma, o português, a característica principal do plural dos substantivos é o acréscimo do “s” final. Mas existem diferentes flexões para o plural, de acordo com a terminação do singular.
Substantivos que no singular terminam por vogal ou ditongo, recebem um “s”, a exemplo de:
– irmão, irmãs.
– degrau, degraus.
(Muita atenção ao último substantivo. O correto é degraus, e não degrais.)
O assunto é importantíssimo. Voltarei oportunamente a ele, mas agora vamos destacar o plural com “o” aberto. Muitos substantivos que no singular têm “o” fechado passam a ter “o” aberto no plural.
Exemplos:
carôço – caróços;
côrpo – córpos;
côrvo – córvos;
esfôrço – esfórços;
fôgo – fógos;
fôrno – fórnos;
impôsto – impóstos;
jôgo – jógos;
miôlo – miólos;
ôlho – ólhos;
ôsso – óssos;
pôrco – pórcos;
refôrço – refórços;
socôrro – socórros;
tijôlo – tijólos.
(Os acentos são apenas para evidenciar a pronúncia.)
Todos os vocábulos no plural com a pronúncia “ó” e não “ô”.
Para fixar bem o plural com “o” aberto (ó), vamos exemplificar. Em Reflexões da Alma, Paiva Netto usa o plural de esforço, que é esforços:
“Transformações duradouras geralmente surgem nos instantes de grande agitação histórica. Os tenazes crescem em tempo de refrega. Se o fizerem com o pensamento firmado na Paz, o efeito de seus esforços marcará a sua passagem pela Terra com o sinte da Luz”.
Lição importante:
Quando o feminino é em “ô”, o plural é em “ô” também. E, quando o feminino é em “ó”, o plural é em “ó”.
Veja nos exemplos:
lôbo – lôba,/ lôbos – lôbas;
tôlo – tôla,/ tôlos – tôlas;
gôrdo – gôrda,/ gôrdos – gôrdas;
môço – môça,/ môços, môças.
Quando o masculino é em “ô” e o feminino é em “ó”, o plural é o “ó”.
Observe os exemplos:
môrto – mórta,/ mórtos – mórtas;
nôvo – nóva,/ nóvos – nóvas;
generôso – generósa,/ generósos – generósas;
pôrco – pórca,/ pórcos – pórcas;
ôvo – óva,/ óvos – óvas.
(Os acentos são apenas para evidenciar a pronúncia.)
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 09
Daqui cinco anos,
Daqui a cinco anos,
ou
Daqui há cinco anos?
Provavelmente, você já ouviu alguém perguntar: “O que você faria daqui cinco anos?”. Mas há um erro grave nessa indagação. Percebeu qual é? Pois bem.
O correto é perguntar: “O que você fará daqui a cinco anos?”. Estava faltando a preposição “a”. Semelhante equívoco costuma ocorrer em outras expressões que denotam período de tempo, como “de hoje a uma semana”. Lembre-se sempre de utilizar a preposição “a” esses casos.
O mesmo vale quando a expressão “daqui a” indica distância a ser percorrida a contar de determinado ponto, tal qual em “daqui a 50 metros”, que equivale a “50 metros a contar daqui”.
Reforçando: quando se quiser expressar ideia de tempo futuro a partir do presente ou de certo momento ocorrido no passado ou noção de distância a percorrer, deve-se empregar a preposição “a”.
Assim,
– “Daqui a cinco anos, Amanda se tornará uma linda moça”;
– “Estávamos a quinze minutos do início do expediente, quando o encarregado anunciou seu cancelamento”; e
– “Daqui a 10 quilômetros, você encontrará um retorno”.
“Há” é flexão do verbo “haver” e usado para transmitir ideia de tempo passado, como na frase “Eles foram contratados há muitos anos”.
Regra prática para compreender-se melhor a diferença entre “a” e “há” e saber-se quando usar um e outro:
1. Substitua “a” ou “há” por “faz”.
2. Se a troca der certo, o termo a ser usado é “há”.
3. Se não der, deve-se utilizar “a”.
Veja este exemplo:
– “Os alunos saíram há muito tempo”.
Substituindo, teremos:
– “Os alunos saíram faz muito tempo”.
O sentido da oração ficou adequado.
Então, o uso de “há” está correto, pois a ideia que se tem é de tempo passado.
Observe agora a frase a seguir:
– “O próximo encontro ocorrerá daqui a dois meses”.
Com a substituição, ter-se-á: “O próximo encontro ocorrerá daqui faz dois meses”.
A frase não ficou com o sentido apropriado. Então, é realmente a preposição “a” que se deve empregar, pois existe a noção de tempo futuro.
Em resumo: “há” indica passado e equivale a “faz”, enquanto “a” exprime ideia de distância ou de tempo futuro, não podendo ser substituído por “faz”. Atente para os exemplos abaixo:
– “Chegou há uma hora e partirá daqui a dez minutos”; e
– “Ele estava a menos de 20 metros do local”.
Pode-se depreender, portanto, que a expressão “daqui há” é incorreta, não devendo ser usada, já que o termo “há”, em sentenças alusivas a período de tempo, denotará sempre o passado.
Para que você assimile as presentes dicas, apresentamos-lhe o seguinte trecho do livro As Profecias sem Mistério, best-seller do escritor Paiva Netto:
“(...) à Ciência ainda resta muito chão a ser trilhado. Dessa forma, qualquer dia, mesmo sendo daqui a mil anos, ela poderá dar de cara com o Mundo Inteligente Invisível, mais populoso que o orbe terrestre. Se os homens não o fizerem, suas máquinas o conseguirão...”.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 10
Para MIM fazer
ou
Para EU fazer (?)
Olá! Vamos estudar agora à respeito de uma questão polêmica: Para MIM fazer, ou: Para EU fazer (?).
“Para EU fazer” é a forma correta em frases em que o “EU” funciona como o sujeito.
Vamos exemplificar:
– “Trouxe a redação para EU corrigir”,
e nunca: “Para MIM corrigir”.
– “Essa questão é para EU resolver”,
e nunca: “Para MIM resolver".
– “O texto está aqui para EU rever”,
e nunca: “Para MIM rever”.
Veja como o Evangelho de Jesus, o Cristo Ecumênico, é uma excelente leitura em todos os sentidos, pois é de lá que vamos buscar um exemplo do uso de “Para EU”.
Abrimos aqui o Evangelho de Jesus segundo Mateus, Capítulo II, Versículos 7º e 8º.
Acompanhe comigo a leitura:
“7 – Então Herodes chamou secretamente os magos, e deles indagou com precisão o tempo em que a estrela tinha aparecido.
8 – E, enviando-os a Belém, lhes disse: Ide informa-vos cuidadosamente à cerca do menino Jesus; quando O tiverdes achado, avisai-me, para que eu também ir adorá-LO”.
Agora, se o “EU” não for sujeito, então usamos: “Para MIM”.
Observe nos exemplos:
– “Ele trouxe a redação para MIM”.
O sujeito da frase é “...ELE”.
– “Foi difícil para MIM tomar essa decisão”.
O sujeito da frase é: “...tomar essa decisão”.
– “Não é possível para MIM viajar hoje”.
O sujeito da frase é: “...viajar hoje”.
E do segundo volume do livro Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, de autoria do escritor Paiva Netto, trazemos:
“Os seguidores do Caminho. Quanto aos cristãos primitivos serem conhecidos como seguidores do ‘Caminho’, explica-se por esta passagem do Evangelho de Jesus, segundo João, Capítulo XIV, Versículos de 1º a 6º:
1. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
3. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde Eu estou, estejais vós também”.
Vamos aproveitar o tempo e falar de uma outra dúvida. Com certeza você já ouviu ou já leu a frase:
“Para MAIORES informações ligue para o telefone tal, ou acesse tal site” (incorreta).
Mas, na verdade, a correto é:
“Para OUTRAS informações...”; porque o que o leitor precisa é de maior quantidade de informações, e não de informações de tamanhos maiores. Ok?
Bem, ficamos por aqui. Espero que a dúvida entre “Para EU” e “Para MIM” tenha ficado clara.
E: “Para OUTRAS informações” acesse o nosso site: www.boavontadetv.com.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 11
Polissemia
Mas o que vem a ser polissemia?
É a propriedade que uma mesma palavra ou expressão tem de apresentar vários significados.
poli = vários
semia = significado
polissemia: vários significados para uma mesma palavra.
Exemplos:
– Ele ocupa um alto posto na empresa.
– Abasteci meu carro no posto da esquina.
– Os convites eram de graça.
– Os fiéis agradecem a graça recebida.
É o caso também do substantivo “manga”, que pode ter diferentes significados, dependendo do contexto em que se insere.
Vamos exemplificar:
– Ela adora manga, morango e laranja.
– Ele não pode sair de casa com essa manga rasgada.
– O nome daquele produtor de televisão é Carlos Manga.
– Ele manga de todo mundo.
Em cada oração temos um significado para a mesma palavra. Na primeira, a palavra tem como significado o fruto da mangueira; já na segunda, ela é uma parte do vestuário. No terceiro exemplo, trata-se de um sobrenome. No quarto, um verbo, que significa zombar, escarnecer.
Então, reforçando:
A esta característica das palavras de apresentar a mesma escrita e, no entanto, significados diferentes, quando aplicadas a um contexto, chamamos polissemia.
Além dos substantivos, os verbos também podem adquirir significados distintos.
Primeiramente acompanhe a leitura de um pensamento do escritor Paiva Netto extraído de seu livro Como Vencer o Sofrimento.
“Não basta ter conhecimento. É preciso saber empregá-lo em benefício dos povos. Uni-lo, pois, à sabedoria. O altruísmo é chave para a sobrevivência, como sociedade, da Criatura Humana”.
E do livro Reflexões da Alma, do mesmo autor, temos a citação deste pensamento de Emmanuel:
‘Há casos em que temos de transformar a calúnia e a afronta em lição para a nossa vida. Isso faz com que a maledicência seja proscrita na caverna do silêncio’.
No primeiro exemplo (ter conhecimento), o verbo “ter” transmite a ideia de posse. Já no segundo, a ideia de obrigação, como em:
– Tenho de acordar bem cedo todos os dias.
– Temos de escovar os dentes após as refeições.
Reforçando:
Quando o assunto for polissemia, basta prestar atenção ao contexto em que a palavra está inserida, certo?
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 12
Qual a diferença?
"germinada" – "geminada"
"fragrante" – "flagrante"
"germinada" – "geminada"
Provavelmente, você já ouviu alguém falar assim “casas germinadas”, em vez de “casas geminadas”, que é a forma correta. Isso porque “germinar” significa começar a desenvolver-se (no caso de sementes, tubérculos ou bulbos), brotar, desabrochar, gerar, produzir.
Não é o caso das casas, pois elas não se desenvolvem, não brotam. Então, as casas feitas, construídas, edificadas aos pares são geminadas, adjetivo derivado do verbo geminar, que significar duplicar, agrupar em par, conjugar, ligar.
"fragrante" – "flagrante"
Outro tópico que costuma causar dúvida é quando se deve usar “flagrante” e “fragrante”. “Flagrante” significa tanto evidente, patente, como o ato de ser surpreendido em alguma situação, como em “flagrante delito” e “pego em flagrante”.
Um bom exemplo é dado pelo escritor Paiva Netto, que nos alerta em seu livro As profecias sem mistério:
“É flagrante a necessidade de alargar a ótica do pensamento criador humano, para que finalmente se torne promotor da gigantesca libertação que resta por fazer. Em que bases? Nas do Espírito, desde que não considerado medíocre projeção da mente, porquanto é a Sublime Luminosidade que dá vida ao corpo”.
“Fragrante”, por sua vez, refere-se a perfumado, como em “flores fragrantes”. Vem daí o vocábulo “fragrância”.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 13
O uso correto do
subjuntivo
na língua portuguesa.
Nesta lição, abordaremos um ponto da gramática que costuma causar dúvidas e dificuldades em seu emprego: o tempo presente do subjuntivo, modo verbal com que se expressa a ideia de hipótese, desejo, necessidade ou expectativa. Isto é, nesse modo, o fato enunciado na oração é incerto, duvidoso, provável, possível, eventual, dependente de outro ou irreal.
Atente para a frase "Você quer que eu faço a tarefa?". Ela está construída de maneira errônea segundo a norma culta vigente, porque "faço" pertence ao presente do verbo "fazer" no modo indicativo, que se usa para indicar um fato preciso, certo ou real, como nos seguintes exemplos:
– "Eu faço o dever de casa todos os dias",
– "Ela voltou de férias ontem" e
– "Nós iremos à festa no sábado".
A construção mais adequada da primeira frase é "Você quer que eu faça a tarefa?", pois "faça" é uma das formas de "fazer" no presente do subjuntivo.
Há um bom exemplo desse modo neste trecho do livro Jesus, o Profeta Divino, do escritor Paiva Netto: "(...) quem ama sem interesses escusos realiza-se, mesmo que o mundo inteiro esteja contra essa pessoa".
Observação importante:
Nunca escreva "esteje" e "seje", formas que não existem.
O certo é empregar "esteja" e "seja".
Veja mais alguns exemplos do uso adequado do presente do subjuntivo na primeira pessoa do singular:
– "Meu pai deseja que eu pegue a correspondência dele que chegou",
– "A família de minha amiga quer que eu fique para jantar",
– "Você precisa que eu venha amanhã?",
– "Minha mãe necessita que eu a ajude a confeccionar o bolo" e
– "Ele espera que eu ligue para confirmar o encontro".
Portanto, se houver ideia de incerteza, suposição, possibilidade ou desejo, empregue o modo subjuntivo do verbo.
Estude sempre!
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Lição de casa 14
Quando se deve usar
"pôr" ou "colocar"
Hoje em dia, é muito comum lermos ou ouvirmos o verbo colocar empregado em diversas sentenças, em vez de pôr.
Pode-se notá-lo em construções como estas:
– "Ela gostaria de colocar uma questão" e
– "Colocou sua opinião".
Na verdade, apesar de serem sinônimos, esses verbos devem ter aplicação em contextos diferentes.
Colocar significa "pôr em algum lugar", devendo ser usado para coisas materiais, como nas orações:
– "Colocaram os quadros na parede" e
– "Coloque os pratos no lava-louça".
Assim, pode-se substituir o verbo colocar dos exemplos do parágrafo anterior por, respectivamente, levantar e expressar.
Pôr emprega-se nas locuções e frases feitas, no sentido figurado e na definição de coisas abstratas e do Espírito:
– pôr em prática,
– pôr o dedo na ferida,
– pôr em pratos limpos,
– pôr a mesa,
– pôr frente a frente,
– pôr fogo em,
– pôr em xeque,
– pôr um ponto final,
– pôr o assunto em dia,
– pôr os pensamentos em ordem,
– pôr em movimento,
– pôr em destaque,
– pôr termo a,
– pôr para correr etc.
Um bom exemplo da utilização correta de pôr encontra-se no Evangelho de Jesus segundo Lucas, 6:46 a 49:
"Os dois fundamentos
"46 Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu vos mando?
"47 Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as põe em prática, Eu vos mostrarei a quem ele é semelhante.
"48 É semelhante a um homem que edifica uma casa, à qual deu profundos alicerces e pôs o fundamento sobre a rocha; e, quando veio uma enchente de águas, deu impetuosamente a inundação sobre aquela casa e não pôde movê-la, porque estava fundada sobre a rocha.
"49 Mas o que ouve e não pratica as minhas palavras é semelhante a um homem que constrói a sua casa sobre terra movediça, na qual bateu com violência a corrente do rio, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa".
Sempre que possível, deve-se preferir, em qualquer situação, usar pôr a colocar.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 15
Quando se deve usar
a palavra "mesmo".
Nesta lição, vamos tratar da palavra “mesmo”, que pode exercer as funções de adjetivo, pronome demonstrativo, substantivo masculino, advérbio ou conjunção.
Quando adjetivo, pronome ou substantivo, varia normalmente, isto é, flexiona-se, indo para o feminino (“mesma”) ou para o plural (“mesmos” ou “mesmas”, fazendo a concordância com o termo a que se refere).
Em As Profecias sem Mistério, ao aludir à Terceira Lei de Sir Isaac Newton, Paiva Netto usa corretamente o vocábulo “mesmo”:
–– “(...) por força da mesma Lei, os bons atos resultam em consequências admiráveis para os que os praticam e, concludentemente, para a sociedade de que participam. Daí os relatos de extraordinário conforto para os que persistirem com o Cristo até o fim, porquanto Ele mesmo diz no Livro da Revelação, 2:10: '(...) Sê fiel até a morte, e Eu te darei a coroa da vida’”. (Os destaques são nossos.)
Assim, “mesma”concorda com o substantivo feminino “Lei”, e “mesmo”, com o pronome pessoal “Ele”.
Um dos significados de “mesmo” é “próprio”, pelo qual pode ser substituído.
Exemplos:
–– “O escritor mesmo (o próprio escritor) revisou o texto”, e
–– “A professora mesma (a própria professora) preparou a sala de aula”.
Quando “mesmo” tem a função de advérbio ou conjunção, equivalendo a “de fato” ou “realmente” não varia, isto é, não é flexionado.
Exemplos:
–– “Elas trouxeram mesmo os livros”, e
–– “A notícia chegou mesmo”.
Condena-se o uso de “o(s) mesmo(s)”, “a(s) mesma(s)”, para substituir pronome pessoal ou demonstrativo ou substantivo, como em:
–– “Maria voltou de viagem. A mesma prestará amanhã um concurso público”.
O correto é:
–– “Maria voltou de viagem. Ela prestará amanhã um concurso público”.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 16
A partir de
Olá! Não é difícil ver escrito por aí a partir de com crase, mas por que não existe crase nesta expressão? Porque antes de verbo não se usa a craseado. Vamos soletrar: a partir de.
Exemplos:
– Aquela loja abre a partir das 18h30.
– As aulas gratuitas começarão a partir de julho.
Muita atenção também para não escrever apartir, tudo junto.
O correto é, repito, a partir, como corretamente grafou Paiva Netto em seu artigo: "Deus, bioética e genoma sintético":
“O anúncio da criação de um organismo vivo, a partir de um genoma sintético, tem provocado na comunidade internacional as mais diversas reações. Euforia, preocupação, cautela e perplexidade se alternam. O feito está sendo considerado uma das maiores descobertas científicas de todos os tempos”.
A prazo é outra expressão que não leva crase. Por quê? Porque antes de palavra masculina não se usa acento no a. Seja a prazo, ou seja, a crédito, nunca coloque crase no a.
Vamos anotar mais algumas expressões que não levam crase:
– a álcool
– a bordo
– a calhar
– a cântaros
– a caráter
– a cargo de
– a cavalo
– a começar de
– a curto prazo
– a dedo
– a duras penas
– a esmo
– a ferro e fogo
– a galope
– a lápis
– a menos
– a meu ver
– a olho nu
– a sério
– a serviço
Todas sem crase.
Bem, eu espero que a dica de hoje quanto às expressões que não levam crase seja útil aos seus estudos e também à sua carreira profissional.
Até a próxima e bom estudo a todos!
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Lição de casa 17
Presente do Subjuntivo
Nesta lição, abordaremos um ponto da gramática que costuma causar dúvidas e dificuldades em seu emprego: o tempo presente do subjuntivo, modo verbal com que se expressa a ideia de hipótese, desejo, necessidade ou expectativa. Isto é, nesse modo, o fato enunciado na oração é incerto, duvidoso, provável, possível, eventual, dependente de outro ou irreal.
Atente para a frase "Você quer que eu faço a tarefa?". Ela está construída de maneira errônea segundo a norma culta vigente, porque "faço" pertence ao presente do verbo "fazer" no modo indicativo, que se usa para indicar um fato preciso, certo ou real.
Observe os seguintes exemplos:
–– "Eu faço o dever de casa todos os dias",
–– "Ela voltou de férias ontem" e
–– "Nós iremos à festa no sábado".
A construção mais adequada da primeira frase é "Você quer que eu faça a tarefa?", pois "faça" é uma das formas de "fazer" no presente do subjuntivo.
Há um bom exemplo desse modo neste trecho do livro Jesus, o Profeta Divino, do escritor Paiva Netto: "(...) quem ama sem interesses escusos realiza-se, mesmo que o mundo inteiro esteja contra essa pessoa".
Observação importante:
–– Nunca escreva "esteje" e "seje", formas que não existem.
–– O certo é empregar "esteja" e "seja".
Veja mais alguns exemplos do uso adequado do presente do subjuntivo na primeira pessoa do singular:
–– "Meu pai deseja que eu pegue a correspondência dele que chegou",
–– "A família de minha amiga quer que eu fique para jantar",
–– "Você precisa que eu venha amanhã?",
–– "Minha mãe necessita que eu a ajude a confeccionar o bolo" e
–– "Ele espera que eu ligue para confirmar o encontro".
Portanto, se houver ideia de incerteza, suposição, possibilidade ou desejo, empregue o modo subjuntivo do verbo.
E estude sempre!
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Lição de casa 18
Uso da crase
Nossa orientação de hoje é quanto ao acento indicador de crase que deixa muita gente em dúvida.
– "De segunda a sexta, das 10 às 11 horas"
Antes de tudo, vamos retomar o significado da palavra “crase”, que vem do grego e significa "fusão", "mistura". Então, trata-se da fusão da preposição "a" com outro "a", que é o artigo "a" ou a letra "a" inicial do artigo "as" e dos demonstrativos "aquele/s", "aquela/s" e "aquilo".
Na frase: "Você já foi à Bahia?" ocorre crase da preposição "a", regida pelo verbo "ir" (ir a algum lugar), com o artigo definido "a", que determina o substantivo feminino "Bahia".
Mas na frase: "Você já foi a Berlim?" não colocamos o acento indicador de crase no "a", porque não há crase, ou seja, não há fusão. O que há é apenas a preposição "a" (regida pelo verbo "ir"), que não se une a outro "a", porque o substantivo "Berlim" não admite artigo feminino (ninguém diz que mora "na Berlim" ou que acaba de chegar "na Berlim").
Se mantivéssemos o substantivo "Bahia", mas trocássemos "ir" por "visitar", o que aconteceria? Teríamos:
– Você já visitou a Bahia?
Mas por que não há acento agora? Porque o verbo "visitar" não rege preposição (ninguém visita "ao Paraná", por exemplo).
Já recordamos o que é a crase e vamos ao tema do dia. Na expressão "de segunda a sexta", não há artigo antes de "segunda", certo? O "de" é mera preposição, não é isso mesmo? Então, se não há artigo antes de "segunda", por que haveria de ter antes de "sexta"? O "a" em questão é apenas uma preposição, que fecha a indicação "de" ("de tal a tal").
Agora em...
– "das 10 às 11 horas,"
... temos "das" ("de" + "as") antes de "10", o que significa que existe artigo aí. Portanto, deve haver artigo também antes de "11 horas", certo? É só unir a preposição "a" com a letra "a" inicial do artigo "as". O resultado só pode ser "às" (com crase):
– De segunda a sexta, das 10 às 11 horas.
Vamos a mais um exemplo para guardarmos a regra:
– Uma das edições do programa Boa Vontade, com Paiva Netto vai ao ar de segunda a sexta, das 4h30 às 5 horas da tarde.
De segunda a sexta, (De) não aparece a preposição “a”; já em das 4h30 às 5 horas, temos o “das”= de+as. Portanto, deve haver artigo também antes de "11 horas", certo? É só unir a preposição "a" com a letra "a" inicial do artigo "as". O resultado só pode ser "às" (com crase).
Crase (à disposição/a você)
Na frase: "Estou à disposição", devo ou não colocar crase? Sim, o certo é com crase. Para provar que há crase (preposição “a” + artigo definido feminino “a”), basta substituir a palavra feminina (= disposição) por uma masculina (= dispor): “Estou ao dispor” (ao = à).
Trazemos um exemplo extraído do livro Reflexões da Alma, de autoria do escritor Paiva Netto: “A liberdade autêntica será alcançada quando, finalmente, cumprirmos as Leis Universais que regem o Cosmos. Um dia descobriremos todo o seu mecanismo, que se encontra à disposição de quem realmente queira desvendá-lo. Então, com maior velocidade, avançaremos pelos caminhos de Deus, sem voltar a tropeçar nos obstáculos que, por nosso próprio trajeto, levianamente andávamos espalhando”.
É interessante lembrar que o uso do acento indicativo da crase é facultativo antes dos pronomes possessivos femininos: “Estou à sua disposição" ou "a sua disposição” (= ao seu dispor ou a seu dispor). Portanto, mesmo optando pela crase, não é necessário destacá-la na linguagem oral.
Agora muita atenção:
Jamais haverá crase em: "dedicação a você", pois, neste caso, não há artigo definido. O “a” que aparece é uma preposição.
Reforçando:
– Estamos à disposição para outros esclarecimentos.
O acento grave indicativo da crase se faz necessário porque temos a preposição “a” mais o artigo definido “a”, que antecede o substantivo feminino disposição. A prova de que ocorre a crase (a+a=à) é que, se fosse um substantivo masculino, teríamos “ao” (a+o): “Estamos ao dispor para outros esclarecimentos”.
O acento da crase se tornaria facultativo se, antes do substantivo feminino, houvesse um pronome possessivo: “Estamos a sua disposição" ou "à sua disposição”. A novidade, para quem não sabe, é que o uso de artigos definidos antes de pronomes possessivos é facultativo, podemos usar ou não: “Este é meu carro” ou “Este é o meu carro”; “Estamos a seu dispor” ou “Estamos ao seu dispor”.
Até a próxima e um bom estudo a todos!
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Lição de casa 19
"Haver" ou "a ver"
Quando devemos usar haver e quando o correto é a ver?
Usamos o verbo haver com o sentido de “existir, ocorrer, acontecer, tempo transcorrido…”:
–– “Deverá haver muitas pessoas na Cruzada da Comunhão com Deus de hoje” (=deverão existir);
–– “Pode haver acidentes nesta avenida” (=podem ocorrer);
Agora, a ver é formado pela preposição “a” + o verbo “ver”:
–– “Ele foi obrigado a ver o filme inteiro”;
–– “Isso não tem nada a ver” (=para ver); e
–– “Tem tudo a ver” (=para ver).
Como exemplo, trazemos um trecho do livro As Profecias sem Mistério, de autoria do escritor Paiva Netto:
“Nunca é demais recordar que simplicidade de alma é uma atitude espiritual de verdadeira humildade e reverência perante o Criador (nada a ver com covardia) e que independe de classe social, etnia, nacionalidade, sexo, idade ou crença”.
Até a próxima e estude sempre!
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Lição de casa 20
"Há" ou "a"
Vamos reforçar a diferença entre "há" com "h" e "a" sozinho. Bem, não é difícil ocorrer confusão entre eles e para início de conversa "há" com "h" vem do verbo “haver” e indica tempo decorrido. Acompanhe a leitura de algumas frases com o uso do "há":
– Há poucos meses, o filho deles nasceu.
– Há dois anos, ocorreu um importante evento esportivo na cidade.
Como pudemos perceber, a forma verbal “há” equivale a “faz” (“Faz poucos meses que o filho deles nasceu…”, “Faz dois anos que ocorreu um festival de música em Santa Catarina’). Uma construção alternativa seria “poucos meses atrás” ou “dois anos atrás”, em que o advérbio “atrás” substitui as formas verbais (“há” ou “faz”), indicando a mesma ideia de tempo passado.
Mas quando devo usar somente "a"? Agora a sem o "h" exprime distância ou tempo futuro, como em:
– Daqui a pouco começará a partida de futebol.
– O viajante estava a meia hora do destino.
Se tentarmos a substituição do a por faz, não dará certo. Ninguém diz ou escreve: "Daqui faz pouco começará a partida de futebo" ou "O viajante estava faz meia hora do destino". Então não é com "h".
Perceberam como um dos equívocos mais comuns, com um pouquinho de atenção, pode ser evitado? Espero que o tema tenha ficado claro.
Até a próxima e bom estudo a todos!
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Lição de casa 21
Diferentes significados
das palavras
“costa” e “féria”
no singular e no plural.
A orientação deste estudo é a respeito de duas palavras que, no plural, têm significados totalmente diferentes de quando estão no singular. São elas “costa” e “féria”.
“Costa” significa litoral ou, então, o próprio mar que banha o litoral, como em “A costa do Brasil” e “A costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo”.
Mas “costas” refere-se à parte do corpo humano ou de certos móveis na qual normalmente se descansa o dorso.