A Volta Triunfal de Jesus à Terra (estudo 17)
18/01/2014 18:45
estudo 17
As XXI Chaves Bíblicas da
Volta Triunfal de Jesus,
Rei dos reis e Senhor dos exércitos
Chave Bíblica XVI
ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO
NO LUGAR SANTO
(QUI LEGIT, INTELLIGAT)
Livro do Profeta Daniel, capítulo 9, versículos 2 a 7:
"2. ... Eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falara o Senhor Deus ao Profeta Jeremias, em que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
3. Voltei o meu rosto ao Senhor, para o alcançar com orações e súplicas, dizendo:
4. Senhor Deus, que usas de misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;
5. temos pecado e cometido iniquidades; procedemos perversamente; fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos;
6. e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra!
7. A ti ó Senhor, pertence a Justiça, mas a nós o corar de vergonha, como hoje se vê...”
É importante lembrarmos a profecia do capítulo 2, versículos de 1 a 9, do Livro dos Salmos:
“1. Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs?
2. Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo:
3. - ‘Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas!’
4. Ri-se aquele que habita nos céus: o Senhor zomba deles.
5. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar, e no seu furor os confundirá.
6. Eu, porém, constituí o meu rei sobre o meu santo monte Sião.
7. Proclamarei o decreto do Senhor. Ele me disse: - ‘Tu és meu filho, eu hoje te gerei.
8. Pede-me, e eu te darei as Nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão.
9. E tu as regerás com vara de ferro...’”
Trata-se de uma profecia para o final deste ciclo.
Mas prossigamos com o Livro do Profeta Daniel, capítulo 9, versículos de 8 a 27:
– “Ó Senhor, a nós, os homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, por todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões, que cometeram contra ti.
Ó Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti!
Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz: por isso, a maldição e imprecações que estão escritas na lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós, porque temos pecado contra ele.
Ele confirmou sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juizes que nos julgavam, e fez vir sobre nós grande mal; porque nunca, debaixo de todo céu, aconteceu o que houve em Jerusalém.
Como está escrito na lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; e, apesar disso, não temos implorado o perdão do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniqüidades e nos aplicarmos à tua verdade!
Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário, assolado, faze resplandecer o teu rosto; olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas virtudes, mas em tuas muitas misericórdias!
Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu, porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome!
Falava eu, ainda, e orava, e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo Israel, quando o homem (anjo) Gabriel, que eu tinha presenciado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde. Ele queria instruir-me, falou comigo, e disse:
- ‘Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim para te esclarecer sobre isto, porque és muito amado; considera, pois, os fatos e entende a visão.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos.
Sabe, e entende: desde a saída da ordem, para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido – o Príncipe, sete semanas; e, em sessenta e duas semanas, as praças e as circunvalações serão reedificadas, mas em tempos angustiosos.
Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido (o Cristo), e já não estará; e o povo de um príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será uma ruína total, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.
Ele fará firme aliança com muitos por uma semana.
Na metade da semana (sete anos), fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares: sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele’” (tradução de João Ferreira de Almeida).
Livro do Profeta Daniel, 11:31
– “Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa; e hão de tirar o sacrifício costumeiro, estabelecendo a abominação desoladora”.
Livro do Profeta Daniel, capítulo 12:
– “Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, como nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo. Mas naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para vergonha e horror eternos.
Os que forem sábios, portanto, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à Justiça brilharão, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim. Muitos o esquadrinharão e o saber se multiplicará.
Então, eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um de uma banda do rio, o outro da outra banda. Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: - ‘Quando se cumprirão estas maravilhas (profecias)?’ Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu, e jurou, por Aquele que vive eternamente, que isso tudo aconteceria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo. E, quando se acabar a destruição do poder do povo santo, todas estas coisas se cumprirão.
Eu ouvi, mas não entendi. Então, eu disse: - ‘Meu Senhor, qual será o fim destas coisas?’ Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim.
Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá; mas os sábios entenderão. Depois do tempo em que o costumeiro sacrifício for tirado e posta abominação desoladora, haverá ainda 1.290 dias.
Bem-aventurado aquele que espera e chega até 1.335 dias! Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim, pois descansarás, e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança”.
Evangelho de Jesus segundo São Mateus, 24:15:
– “Quando virdes a abominação da desolação (de que falou o Profeta Daniel) no lugar santo, quem lê, entenda”. E no versículo 44 do mesmo capítulo: “Por isso, ficai bem apercebidos, porque à hora em que não cuidais, voltará o Filho de Deus”.
Evangelho de Jesus segundo São Marcos, 13:14:
– “Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar” (quem lê, entenda o que está escrito no Livro do Profeta Daniel).
I Livro dos Macabeus, 1: 57:
– “No dia 15 do mês de Casleu, no ano 145, o rei Antíoco mandou colocar o abominável ídolo da desolação sobre o altar de Deus”.
Como vimos, o Cristo de Deus recomendou atenção para a profecia de Daniel: “Quem lê, entenda”.
Vejamos o versículo 27, do capítulo 9, de Daniel (tradução do Padre Mattos Soares):
– "...e estará no templo a abominação da desolação; e a desolação permanecerá até à consumação e até ao fim (do mundo)”.
Qual o sentido da profecia?
Responde Isaac Newton (1642-1727), o autor dos "Princípios matemáticos da filosofia natural":
“A significação é que a gente de um príncipe que há de vir destruirá o santuário, abolindo o culto diário do verdadeiro Deus e espalhando sobre toda a região um exército de falsos deuses; e estabelecendo seu culto e domínio, causará a desolação dos judeus, até ser preenchida a época dos gentios. Pois o próprio Cristo nos diz que a abominação da desolação, a que se refere Daniel, deveria ser estabelecida nos dias do Império Romano”.
Toda a atenção, agora, para os versículos 11 e 12, do capítulo 12, do Profeta Daniel:
“E, desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá 1.290 dias. Bem-aventurado o que espera e chega a 1.335 dias”.
Elucidação do pastor e escritor adventista gaúcho, Aracely Silveira Mello (1903-1988):
“O 'contínuo' era o paganismo-romano, em sua fórmula religiosa imposta pela espada conquistadora e denominada por Jesus – abominação da desolação.
A abominação desoladora, que seria estabelecida em lugar do 'contínuo' ou paganismo, pelos 'braços de homens poderosos', segundo o capítulo 11, versículo 31, é o Papado em sua fórmula da religião, que estabeleceu pela espada desoladora, como o comprova a sua própria história.
Quando foi feita esta substituição – da abominação da desolação romana-pagã pela abominação desoladora romana-papal – esclarece-nos o versículo, dando um período profético de 1.290 dias, ou sejam 1290 anos.
Para entendermos perfeitamente o que a Revelação, mais uma vez, nos quer ensinar com relação ao 'contínuo', recordemo-nos de que o Papado substituiu o 'contínuo' paganismo-romano no trono temporal até 1798, quando a espada de Napoleão Bonaparte o derribou da liderança na qual aqueles “braços de homens poderosos” o haviam empossado em lugar do 'contínuo'.
Por conseguinte, e indubitavelmente, o período de 1.290 dias, que são profeticamente outros tantos anos de supremacia papal, encontrou seu término em 1798. Assim sendo, como razão ensina, devemos fazer retroceder de 1.798 os 1.290 anos, para termos a data exata, ou o ano exato, em que o 'contínuo' foi tirado como abominação da desolação, para dar lugar ao Papado, a 'abominação desoladora'.
Realizando a simples operação, ou subtraindo 1290 de 1798, temos como resultado o ano 508, que é a data da tirada do “contínuo” ou da substituição definitiva do paganismo romano-ariano pelo Papado romano.
Na verdade, os fatos históricos provam que o poder temporal do Vaticano começou a tomar forma em 508. 'Como, no caso da crise do paganismo romano com o cristianismo, o advento de Constantino preparou o caminho para a ascensão papal, também no caso da crise do paganismo ariano com o Papado, o advento de Clodoveu, rei dos francos, preparou o caminho para a supremacia temporal do Vaticano na Europa'.
Finalmente, '...encontrou a profecia de Daniel o seu pleno cumprimento. Foi desarraigada a abominação da desolação (o paganismo) de todos os elementos do Império, para dar lugar à abominação desoladora, o Papado, desde o ano de 508 até 1798, ou seja por 1.290 anos. Uma abominação foi trocada por outra”.
Vejamos, agora, o versículo 12, do capítulo 12, do Profeta Daniel:
– “Bem-aventurado o que espera e chega até 1.335 dias”, isto é, 1.335 anos".
De 1.290 a 1.335 anos há uma distância de 45 anos. Ora, 1798 + 45 = 1.843. Os protestantes julgaram que se tratava do ano da volta de Jesus. E o mundo inteiro se ligou, então, na propaganda do Movimento Millerista, nos Estados Unidos da América do Norte. Entretanto, o que ocorreu foi a entrada do Paráclito no mundo, com os fenômenos desencadeados pelas Irmãs Fox, a partir de 1843.
A fenomenologia impressionante interessou depois a Allan Kardec, de tal modo que, dos seus estudos pacientes e confirmados, resultou a Terceira Revelação. Não deixou de ser uma volta indireta do Cristo, pois a Ciência do Cristianismo veio aclarar todos os textos proféticos, até então interpretados ao pé da letra. E, como diz Paulo Apóstolo, “a letra mata; só o Espírito vivifica” o Velho Testamento, desde a “Gênese” de Moisés, como todo o Novo Testamento, até ao Apocalipse de Jesus segundo São João.
Agora, sim, pode o Paráclito iluminar os textos bíblicos, abrindo os caminhos para a volta do Cristo de Deus! Sabemos, por exemplo, que as profecias de Jesus se renovam em ciclos múltiplos, como vimos nas páginas do Apocalipse atualíssimo.
Por isso se renova a abominação da desolação, assim descrita no 24.º capítulo do Evangelho segundo São Mateus, versículos de 15 a 20:
– “Quando, pois, virdes a abominação da desolação (de que falou o Profeta Daniel) no lugar santo – quem lê, entenda – então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça para tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem amamentando naqueles dias! Orai, para que a vossa fuga não se dê no inverno nem no sábado.”
Pois essa profecia teve seu primeiro cumprimento na destruição de Jerusalém, exatamente no ano 70. Foi uma grande tribulação, que se repetiu através dos séculos.
Mas a próxima e última deste ciclo será a maior de todas, como diz o próprio Cristo no seu Evangelho segundo São Mateus 24:21 a 31:
– “Porque nesse tempo haverá uma grande tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, nem haverá jamais! Se aqueles dias não fossem abreviados ninguém seria salvo. Mas esses dias serão abreviados por causa dos escolhidos” (aqueles que estão assinalados para o Rebanho Único).
Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não terá luz, as estrelas cairão do céu e as potências do céu se abalarão.
Então aparecerá no céu sinal do Filho de Deus; e todos os povos da Terra se lamentarão, vendo o Cristo voltar sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Ele enviará seus Anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os escolhidos de Deus dos quatro ventos, de uma a outra extremidade do céu”.
(continua)
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