85% dos afogamentos poderiam ser evitados. Saiba como.

20/08/2014 05:54

Janine Martins, articulista

 

            Com a chegada do verão e das férias escolares, muitas famílias rumam às praias ou para clubes com piscina. Nesses dias de diversão, os pais devem ficar atentos às crianças.

As boias ajudam, entretanto garanta a segurança de seus filhos com os coletes salva-vidas.

            Recentes casos de morte por afogamento foram divulgados pela mídia e chamam a atenção para o cuidado sempre necessário com os pequenos nessas circunstâncias.

 

            Grande ou pequena, a piscina é sempre um risco à criança desacompanhada — e os banhos em rios, lagos e praias exigem mais zelo ainda.           

 

            O dr. David Szpilman, 54, diretor-médico da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) e chefe do CTI do Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de JaneiroRJ, ponderou que uma das principais causas do afogamento é a imprudência das pessoas.

 

            "De forma geral, elas não acreditam que essa é uma forma de mortalidade muito frequente em crianças. Por não terem conhecimento dessa situação, acabam não procurando formas de prevenir e dar mais atenção à segurança".           

Guarda-vidas geralmente distribuem pulseiras para facilitar identificação de crianças perdidas na praia.

 

            Segundo dados da Sobrasa, estima-se que 85% dos afogamentos poderiam ser evitados com medidas simples. Um destes cuidados, em especial para os adultos jovens, é respeitar a sinalização de perigo nas praias:

 

              No mar “é necessário saber onde está a corrente de retorno, porque ela é causa de até 90% dos afogamentos da praia. Quem se afoga mais na praia é do sexo masculino e  jovem dos 12 anos aos 30 anos de idade; estatisticamente o homem é mais imprudente que a mulher".

            Segundo o especialista, os homens se afogam 8 vezes mais do que as mulheres, por diversas causas: "Normalmente ocorre porque a pessoa não conhece aquele local, entra na água inadvertidamente, cai numa correnteza e não consegue sair. E, como fica lutando contra a correnteza, gasta toda a energia e não tem tempo de pedir socorro".
 

Crianças e água

Quando se trata de piscinas públicas ou o mar, o ideal é ficar perto do guarda-vidas e manter a atenção constante

 

            Já com os pequenos, a palavra de ordem é CUIDADO. Num piscar de olhos, as crianças saem de um lugar e vão a outro; em ambientes com piscinas ou na praia, isso significa um grande perigo.           

 

            Para a segurança dos pequenos, é essencial que a pessoa responsável esteja sempre atenta, mas também contar com algumas medidas preventivas. "Em piscinas particulares, por exemplo, o ideal é deixá-la o tempo todo cercada."

 

            É fato que a maior parte dos afogamentos acontece em áreas abertas, rios, lagos, açudes e no mar, mas até mesmo uma banheira com água e até em baldes desses comuns usados em casa cheios d’água, pode representar risco para uma criança pequena. A rigor, nem precisa conter muita água: cerca de dez centímetros de profundidade são suficientes para um afogamento.

 

            Outra dica interessante é não deixar os brinquedos próximos às piscinas, já que isso atrai as crianças, e lembrar-se de usar sempre coletes salva-vidas. "As boias dão uma falsa impressão de segurança; esse tipo de afogamento acontece mais entre crianças de até 10 anos de idade".

            Orientações anotadas?

 

            Agora é hora de curtir com toda atenção as férias em família!


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