Como aproveitar a vida na Terceira Idade?

Paulo Azor,

economista, articulista do site www.religiaodedeus.org

            É comum ouvirmos afirmativas como: “Mamãe já está com idade avançada, não precisa fazer mais nada. Ela necessita descansar, pois já trabalhou muito em sua vida”; ou ainda: “Papai, fique sentadinho aí, nada de trabalhar, pois o senhor já batalhou bastante em sua existência”. Triste engano pensar e agir dessa maneira.

            Qualquer pessoa, não importando a idade em que se encontre, necessita e sente satisfação em ser útil. Os nossos pais, nossos avós e todos os idosos que fazem parte de nossas vidas precisam ter atividades que fortaleçam a saúde física, mental e emocional, como ler bons livros, realizar cursos, exercer trabalhos voluntários, enfim, ações que ajudam a aprimorar os talentos que recebemos de Deus. 

            Claro que, com o passar do tempo, tudo tem de ser feito dentro do limite de cada um, não podemos e não devemos exagerar. Outro cuidado importante é consultar um médico periodicamente. Porque, como aprendemos com a “mestra vida”, o corpo físico nos é concedido por Deus, a fim de que possamos, por meio das existências sucessivas que a misericórdia Dele nos oferece, evoluir, avançando em conhecimentos na trajetória eterna (“os mortos não morrem”) de aprimoramento do nosso eu espiritual.

            Portanto, cuidar corretamente da saúde é preservar o instrumento de nossa evolução espiritual, do qual prestaremos conta. Sendo assim, devemos além de cuidar do corpo físico, zelar pelo equilíbrio e saúde do nosso corpo etéreo sempre, em qualquer idade de nossa existência.

            E, para quem pensa que não pode haver grandes realizações nesta que consideramos a Melhor Idade (para quem está acima dos 69 anos), veja o que nos apresenta a revista Boa Vontade, edição número 7, de janeiro de 1957, conteúdo também disponível no site: www.paivanetto.com, no artigo: Missões em festa: 

            “Quem, durante a existência, soube cultivar, lado a lado, Espírito e corpo, não pode e nem deve aos 60 anos julgar-se velho.

            Considere-se, por exemplo, que

            Kant, o famoso filósofo alemão, escreveu aos 74 anos a sua Antropologia, a sua Metafísica, a sua Ética;

            também aos 74, Tintoretto pintou uma tela de quase 20 metros por 10, o célebre Paraíso; 

            ainda aos 74, Verdi compunha a sua ópera Otelo, aos 80, a sua obra-prima Falstaff, 

            e, aos 84, três imorredouras páginas religiosas: Ave, Maria!, Stabat Mater e Te Deum; 

            Catão, aos 80, começou a estudar grego;

            Lamarck, aos 78, publicou a História Natural dos Invertebrados; 

            Goethe, só aos 80, completou sua obra-prima, o Fausto;

            Tennyson, aos 83, escrevia a sua notável obra Crossing the Bar; 

            Fontenelle, um dos enciclopedistas, dizia, aos 90, que nunca sentira a menor falha em sua memória ou em seu raciocínio;

            e o quadro histórico Batalha de Lapanto foi pintado por Ticiano aos 98 anos de idade!

            Enquanto houver um sopro de vida, de alguma maneira poderemos ser úteis.

            Façamos continuamente o Bem”.

            (livro: É Urgente Reeducar, Paiva Netto-José de, versão pocket, no subtítulo “Jovens da Terceira Idade”, páginas 161 e 162, Editora Elevação): “No Brasil, já se costuma afirmar que a Terceira é a melhor idade. De fato, jovem é aquele que não perdeu o ideal. Não obstante estendida numa cama, uma pessoa, ainda que tenha 50, 60, 70, 80 anos, pode restabelecer muitos caídos nas lutas diárias. Zarur declarava, em suas pregações radiofônicas, que ‘uma palavra pode salvar uma vida’. (...) Nos tempos que correm, a possibilidade de ajudar encontra-se ao alcance de todos. Logo, que não se perca o bom ideal, porque ele é determinante na idade útil das criaturas. Você é quem decide se é velho ou moço, por mais duras que sejam as condições em que se ache, temporária ou permanentemente”. 

            Ora, sabendo ou não, aceitando ou não esta verdade superior, somos todos espíritos, concebidos à imagem e semelhança do Senhor do Todo e de Tudo: Deus (único e verdadeiro, Espírito Criador incriado, Pai Todo-Poderoso). Sendo assim, não é a idade de nosso corpo físico que importa, mas sim, a qualidade das vidas que tivemos e da eternidade que vivemos, porque toda pessoa é espírito que nunca falece, é imortal.  

            Portanto, “não se aposente da vida”, aproveite todas as oportunidades que recebe para compartilhar boas práticas que a toda gente contagia na direção do progresso de dentro para fora, o Bem que recebemos do Pai-Mãe Celestial e assim alcance êxito, felicidade e paz em todas as etapas de sua existência. Ora, a felicidade real está vinculada à nossa efetiva e ativa atitude solidária, altruística e ecumênica.

            Aproveite a vida!  Viva com moderação. Não reclame - isso pode atrair amargor para a sua alma e enfermidade para o seu corpo. Seja uma pessoa equilibrada diante dos desafios que a vida lhe impuser, e nunca se canse de orar, de rezar, de fazer preces, de elevar seus pensamentos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo de manhã, à tarde, à noite, e até dormindo suplique ao Senhor que lhe eduque a alma, porque vivemos num mundo que tem prazer de “recalcitrar contra o aguilhão”.

            Faça-se uma pessoa  incansável, não se detenha nem mesmo preso a um leito, a uma cadeira de rodas, não perca a oportunidade de contagiar seu semelhante com o Bem. Depende unicamente de você o tipo de mundo que deseja ter e viver. A experiência adquirida com o passar do tempo nos capacita a enfrentar os desafios e vencê-los sem ferir quem quer que seja.

            Excelente e inigualável paradigma é o Novo Mandamento de Jesus, que pede que sob a ótica Dele exerçamos o Seu Novo Mandamento “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como Meus discípulos”. (Bíblia Sagrada, Evangelho segundo João, 13:34 e 35; 15: 9 a 17).

            Conheça a Igreja Ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo mais próxima ou informe-se pelo telefone 0300 1007 940 (custo de ligação local mais impostos).