Dia da Liberdade de Cultos

15/01/2015 22:02

            Sete de janeiro marca o Dia da Liberdade de Cultos. O ilustre escritor Jorge Amado (1912-2001), então deputado federal, apresentou um projeto de lei à Assembléia Constituinte de 1946 que aprovou essa meritória data comemorativa.

 

            Naturalmente, para fazer cumprir-se uma lei, que visa coibir hostilidades milenares, torna-se indispensável um esforço conjunto. A Legião da Boa Vontade, desde que surgiu com Alziro Zarur (1914-1979), no programa "Hora da Boa Vontade", em 1949, vem pautando seus propósitos em prol do direito de cada um expressar sua fé e do entendimento de todos pelo bem comum.

 

            Uma de suas primeiras iniciativas foi a Cruzada de Religiões Irmanadas, abrindo assim o inter-relacionamento religioso no país, cuja reunião inaugural ocorreu no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na capital fluminense, em 7 de janeiro de 1950, após sucessivas reuniões preparatórias realizadas no mesmo local, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 1949, na sala da diretoria da prestigiada Associação.

 

Diversidade religiosa

 e direitos humanos

 

            Oportunamente agradeço à Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, que colocou na cartilha "Diversidade religiosa e direitos humanos", este pequeno trecho do meu artigo "Religião não rima com intolerância": Compreendo Religião como Solidariedade, respeito à Vida, iluminação do Espírito, que todos somos. Só posso entendê-la como algo dinâmico, vivo, pragmático, altruisticamente realizador, que abre caminhos de luz nas almas e que, por essa razão, deve estar na vanguarda ética. Não a entenderia, se não atuasse também de modo sensato na transformação das realidades tristes que ainda atormentam os povos.

 

            Na abertura da importante cartilha, a ministra Maria do Rosário sinaliza-nos um norte que deve ser levado em alta consideração: "Viver na diversidade requer um aprendizado para a convivência na pluralidade e um exercício permanente de respeito à dignidade e os direitos humanos".


Quatro pilares

do Ecumenismo
 


            Ainda no campo da boa coexistência entre as criaturas, ao desenvolver a concepção que temos sobre duas terminologias criadas por Zarur — Ecumenismo Irrestrito e Ecumenismo Total — podemos agora, indo adiante, destacar: 

 

            O Ecumenismo Irrestrito prega o perfeito relacionamento entre todas as criaturas da Terra. Trata-se de um caminho aberto à Paz, pois deplora a intolerância e afirma que ela não precisa rimar com religião. O Ecumenismo Total preconiza a fraterna aliança da Humanidade da Terra com a do Mundo Espiritual Superior.

 

            Afinal de contas, os mortos não morrem. Eles são, agora, o que seremos amanhã. O célebre evangelista norte-americano Billy Graham escreveu: "A morte não é o fim, mas o começo de uma nova dimensão de vida — a vida eterna. (...) Pela Sua ressurreição de entre os mortos, Jesus demonstrou — sem qualquer sombra de dúvida — que existe vida após a morte".

 

            Deve-se contar também, por puro raciocínio, qualquer civilização que possa haver no Espaço. Por que não?! Todo o Universo está aí para que apenas o fiquemos (à exceção dos astrônomos e poetas) ociosamente apreciando?!

 

            E olhe lá, quando nos lembramos de erguer os olhos para o alto... Seria pretensão de nossa parte admitir a impossibilidade da existência de outras formas de vida no Cosmos.

 

            Outro ponto: nem tudo (ou todos) que lá por fora exista tem por obrigação parecer conosco. Compreendendo isso, estaremos mais aptos a vivenciar outras duas etapas que temos da visão do Ecumenismo: o dos Corações e o Divino.