Ideias e ideais simples aplicáveis ao cotidiano
20/08/2014 04:50
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. Acordai para a reta Justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; digo isso para vergonha vossa” (1ª Coríntios 15: 33 e 34). “Seja, porém, o vosso falar: Sim! quando é sim; Não! quando é não; pois o que passa disto é de procedência maligna” (Jesus segundo Mateus 5: 37).
Já escrevi que este site pessoal não tem a pretensão de apresentar textos com a última palavra sobre os diversos temas e assuntos por ele tratados.
Tenho a intenção, sim, de conversar com você da maneira mais informal possível, expor idéias e ideias simples, aprendidos ao longo da vida com pessoas próximas a mim que também cultivam a Bondade e a Justiça como bases para uma vida melhor no plano particular, na profissão, e em sociedade. E só.
Sou igual a muita gente por aí, fascinada pela idéia de que tudo é possível melhorar, inclusive o tonus da alma das gentes, quando as pessoas se empenham nesse caminho. O comportamento humano só é acertado quando se identifica com o fundamento original: O Pai, o Filho, e o Espírito Santo: unidades espirituais educando soberanamente humanidades tão adversas.
Ser na condição humana um espírito extremamente simples, coerente, pragmático e fácil de entender, é o meu objetivo.
Escreveu o notável jornalista, radialista e ativista social José de Paiva Netto, no seu livro: “Somos todos Profetas”, páginas 33 a 36, em “Quem são os Simples de Coração”, publicado pela Editora Elevação:
“Quando digo simples, não me refiro a quem tenha ou não posses. Não me reporto a posições modestas ou destacadas na sociedade ainda muito imperfeita. Mas que sempre evoluirá, mesmo aos trancos e barrancos, porque todos temos a felicidade de ser criaturas do mesmo Criador.
"Um dia todos compreenderão, pela força do Amor ou da Dor, que formamos apenas uma humanidade, a dos filhos de Deus, que um dia será composta por cidadãos ecumênicos, isto é, homens e mulheres, jovens, adolescentes, crianças e espíritos que ousam transformar, para melhor, uma viciada sociedade de privilégios inspirados não no valor pessoal de cada criatura mas no egoismo deslavado.
"(...) Os profetas anunciam essa notável metamorfose [está registrado em todos os livros sagrados da humanidade], quando todos assistirão à prevalência do Poder de Deus sobre as nem sempre respeitáveis pretensões humanas, geratriz de tantas guerras.
"Aliás, quem tem mesmo poder neste mundo? Os poderosos também passam deste para o outro... Os seres humanos usufruem apenas momentos de poder, dos quais prestarão severas contas, mais dia, menos dia. O poder só serve enquanto serve à coletividade.
"(...) Não fazemos distinção de classe social, nível cultural, situação política, beleza física. Falamos à inteligência do coração. Porque, se temos a do cérebro, desfrutamos também a que é, digamos, representada pelo ‘órgão do sentimento’ [no Oriente, há quem considere o fígado como tal]. Elas têm de subsistir unidas, porque, quando um homem é somente cérebro, podemos estar diante da secura do grande conhecimento que constrói bomba atômica; ou, quando é restritamente coração, pode ser arrastado pelos excessos do sentimentalismo.
"Os mais antigos constumam dizer: ‘in medio virtus’, a virtude está no equilíbrio. Há numerosos exemplos que desmentem a existência de qualquer regra segundo a qual os ricos seriam sempre orgulhosos e os pobres, congenitamente simples e bons.
"Cada ser humano constrói dentro de si, com boa vontade, a cada dia, essa riqueza inestimável do espírito que se denomina simplicidade de coração. Lutemos incessantemente para ser assim humildes perante Deus, que é a suprema sabedoria, mas nunca covardes perante os Homens. A humildade, não nos cansamos de afirmar, é, acima de tudo, corajosa. (...)”.
Quem olha para fora, às vezes se assusta com a violência, e opta pelo sonho, para esquecer. Quem olha para dentro de si, acorda, porque percebe que tem muito a melhorar. As pessoas realistas são aquelas que se projetam no mundo exterior, nas outras pessoas, no conhecimento, e com os pés firmes no chão e a mente em permanente ligação com as unidades espirituais que governam soberanamente todos os mundos, todas as humanidades siderais, entendem que o Ser precisa de aperfeiçoamento moral para não sucumbir diante de suas próprias lucubrações equivocadas e ruinosas.
“É óbvio que a razão realiza importantíssimo trabalho pelo crescimento dos povos, mas não responde as suas inquietações mais íntimas, não bastou para emancipá-los de seus tormentos. Trouxe incontáveis inovações. Contudo, somou-se àquilo que os iluministas qualificaram de erros. Adicionaram aos anteriores os equívocos advindos do uso desmedido da razão, e novamente a humanidade coloca-se na busca do equilíbrio como objetivo, um caminho para a solução de suas angústias lancinantes”.
Quando idéias e ideais se firmam no Sagrado, aplicável ao aperfeiçoamento individual e coletivo das gentes, de todo cidadão, prestamos mais atenção nas pessoas e nas coisas em nossa volta, e vemos que tem tudo a ver. É fácil entender por que tudo se completa. Simples assim.
“Há inclusive previsões anunciando que, quando os fatos criados pelas ações humanas chegarem ao paroxismo dos desatinos, o Poder Divino se manifestará por intermédio de uma solução que ninguém jamais imaginaria”.
Toda criatura é formada por porcentagens de virtude que tendem a ajustar as pessoas rumo a objetivos em comum: unidades na adversidade, permanecendo fraternal e solidariamente harmonizadas, porque somos todos seres humanos, originariamente filhos de um único pai que é Deus.
Isso pode parecer muito teórico, mas “a humanidade tem vivido sob a ditadura de suas próprias criações castradoras nos vastos ramos em que progride. O resultado não tem sido o melhor. Basta ver os escabrosos desníveis sociais mantidos em um mundo ‘civilizado’. Clara propensão suicida.
É flagrante a necessidade de alargar a ótica do pensamento criador humano, para que finalmente se torne promotor da gigantesca libertação que resta por fazer.
Em que bases? Nas do Espírito, desde que não considerado medíocre projeção da mente, porquanto é a sublime luminosidade que dá vida ao corpo, livrando a criatura da zonziera do ceticismo excessivo (Isaías 55: 3 e 6; João 4: 23 a 26); sim, porque como disse James Laver (1899-1975), antigo responsável pelos departamentos de gravura, desenho e pintura do Victoria and Albert Museum, de Londres, entre 1938 e 1959, ‘o ceticismo absoluto é tão injustificável quanto a credulidade absoluta’ (As Profecias sem mistério, Paiva Netto, páginas 33 e 34, 54ª edição, editora Elevação)."
Como se vê, não deixa de render uma boa conversa. Certamente você vai adorar discutir o tema durante seus convívios sociais, formais ou informais; já os pessimistas vão passar boa parte da vida pensando no assunto.