Respeitáveis inimigos da humanidade

01/01/2014 17:29

Mobilidade

Gelson dos Santos, jornalista

            Eu tenho me feito essa pergunta ao longo dos anos, principalmente quando fui convencido por colegas de trabalho a tirar a minha habilitação (carteira) de motorista em razão de uma necessidade funcional: Por que cidadãos (ãs) "respeitáveis", quando assumem o volante de um veículo automotor, comportam-se como "inimigos (as)" da humanidade?

 

            Também escrevo sobre isso, dizendo noutros artigos que: "Falta de mobilidade urbana não se resolve com restrição de veículos"; observo logo à seguir que: "Estamos lidando com uma epidemia no trânsito"; e alerto os motoristas: "Habilitação vencida? Têm de correr. Você só tem 30 dias para renová-la".

 

            Vá no menu mobilidade. Está tudo lá. Recomendo a leitura.

 

            O caso é que pessoas muito bem instruídas, detentoras de inúmeros títulos nobiliários, autoridades respeitáveis, e até cidadãos comuns, trabalhadores como todo mundo que lutam pelo pão de cada dia, são pegos dirigindo nas vias urbanas, nas rodovias estaduais e federais como loucas, suicidas, e em algumas ocorrências alcoolizadas e/ou drogadas, comportando-se como inimigas da humanidade.

 Marginal Tietê tem tráfego normal nesta noite na saída para feriado

Avenidas Marginais do Rio Tietê, em São Paulo/SP.

 

O que está acontecendo afinal? 

 

            O que está acontecendo com toda essa gente afinal?

 

            Por que esse delírio a ponto de colocar em flagrante insegurança a já frágil ordem social das coisas?

 

            Certeza da impunidade? 

 

            Que tipo de fascínio o veículo automotor exerce sobre as pessoas de modo que elas se mostram incapazes de obedecer às leis e as normas de trânsito criadas justamente para garantir primeiro o seu bem estar, da sua familia, da comunidade, e a segurança nas vias do país?

 

            Por que o indivíduo mata familiares e se mata também pelo prazer único de quebrar todas as regras de trânsito e de afrontar o seu próximo com manobras ousadas e nada respeitosas?

 

Um olhar sobre a inclinação humana             

 

            A resposta não está fora, está dentro de cada um de nós. Se você conversar informalmente, descobre o prazer de alguns condutores na delinquencia, na face de muitos a molecagem é indisfarçável, noutros a indiferença, e em significativa parcela dessa população de “motoristas” a preocupação com o que os pode estar arrastando ao delito, ao cometimento de tais infantilidades.

 

            Caro amigo leitor, prezada amiga leitora, o problema não é de leis, mas de homens, não está fora de cada motorista, está dentro de seus corações, na alma do condutor de uma motocicleta, ou de um veículo automotor qualquer.

 

            O problema chama-se desobediência (geralmente inconsciente) às Leis de Deus.

 

            Abrindo o livro "Reflexões e pensamentos – Dialética da Boa Vontade” (Paiva Netto, 1987, editora Elevação), leio:

           

            "Todos estão profundamente preocupados com a selvageria que campeia na Terra, à cata de uma solução para pelo menos diminuir a violência, que saiu dos lugares ocultos, das madrugadas escuras, ganhou as ruas e os lares, pois invadiu as mentes. 

 

            "Contudo, hoje, cresce o entendimento de que, se há violência, não é só problema dos governos, das organizações policiais marcantemente, porém um desafio para todos nós, sociedade. 

 

            "Se ela saiu da noite escura e mostrou-se à luz do dia e até no trânsito, é porque habita o íntimo de muitas criaturas. Existindo nas almas e nos corações, se fará presente onde estiver o Ser Humano. 

 

            "É, portanto, no íntimo da criatura que, em primeiro lugar, deve ser combatida."

 

            O escritor tem toda a razão.

 

O ser humano é mais que carne e ossos;

é sentimento, exige educação continuada.

 

            Você pode até pensar: "Que exagero!" Mas há de reconhecer que “o ser humano é muito mais do que um saco de carne, ossos, músculos, nervos, sangue, e cerebrações. Tem sentimento: ama e sofre, sonha, deseja, constroe, frustra-se e, apesar de tudo, prossegue, acreditando que sempre haverá um Poder Superior capaz de ajustar-lhe os passos, a ensinar-lhe a viver a eterna cidadania do espírito” aplicável na residência em que vive com seus familiares, na comunidade da rua em que mora, no trabalho e, portanto na convivência em sociedade; um caminho seguro de paz, de amor, e de fraternidade real, lembrando ponderações que pincei do livro: “É Urgente Reeducar!”.

 

 Cursos de Motorista devem ensinar primeiro

regras de civilidade, cidadania, ética e bom senso.

 

                Entendo que os Centros de Formação de Condutores devam ensinar ao aluno não somente as regras de trânsito, mas a importância de aplicá-las com responsabilidade.

Trânsito lento na regiao da alçaa de acesso da rodovia dos Bandeirantes na marginal Tietê

Trânsito intenso na alça de acesso a Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo/SP

 

            Um pequeno passo no sentido de se colocar o candidato à habilitação em contato com o trânsito de forma mais cautelosa se deu com a introdução da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que criou o Código de Trânsito Brasileiro, e instituiu a "Permissão Para Dirigir".

 

            Tal permissão se dá por meio da emissão de um documento provisório que o candidato maior de 18 anos recebe após ter passado por uma série de exames.

 

            Mas eu vou além. O candidato a CNH precisa ser estimulado a “lembrar-se dos valores éticos e espirituais que facilitam a aprendizagem da alma, do imenso desafio de se tornar um cidadão de elevado senso psicológico, crítico e técnico, para enfrentar um trânsito de riscos e revezes”.

 

            Ao mesmo tempo, que aprenda regras de direção defensiva, de modo que no conjunto de atividades práticas desenvolvidas pelos Centros de Formação de Condutores, o candidato seja aprovado somente depois de passar por todo esse processo de avaliação que, na prática, teve início quando ele ainda cursava as etapas do Ensino Fundamental.

 

            Caso no decurso de 12 meses de posse de uma habilitação provisória, não cometa infrações, de natureza grave, gravíssima ou reincidência nas de natureza média, ao candidato seja concedida a definitiva Carteira Nacional de Habilitação-CNH.

 

Educação é para a Vida em sociedade;

dá-se desde o berço.

 

            De fato, não há tempo hábil para se aprofundar o tema trânsito e suas implicações psicosociais com pessoas adultas, que só procuram os Centros de Formação de Condutores quando é premente ter uma CNH para regularizar uma situação que por vezes é antiga, já acontece há muito nas vias brasileiras, o que não deixa de ser um motivo a mais de insegurança para os demais condutores e pedestres também.

 

            É necessário, é urgente por isso mesmo, que, tão logo a criança ingresse na escola fundamental, seja ela despertada para os valores éticos e espirituais que promovem a sua integralidade (antes de corpo somos espírito), porque assim contemplar-se-á não apenas sua aptidão intelectual,...

 

            –– está comprovado que a inteligência deseducada é comparável a uma bomba voadora desgovernada ou a um automotor em alta velocidade avançando sobre um calçadão repleto de gente –, mas também a sua potencialidade interior, a do Espírito eterno, ––

 

            ... pois o cultivo da inteligência, da habilidade, da competência fundamentadas na Palavra de Deus, lapida a criatura, abre a sua consciência para o Bem, dá-lhe equilíbrio, robustece a sua formação moral, e a faz comprometida por toda a vida com ideais divinizados, a exemplo do que propõe a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, conjunto de metodologias lançadas pela LBV, Legião da Boa Vontade no ano 2000 e que até hoje vigoram aqui no Brasil, e se espandem na Argentina, nos Estados Unidos, em Portugal, entre outros países.

 

            Insisto em dizer que não há tempo hábil para se educar e formar bons motoristas quando já adultos. “Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade, para falarmos como Aristóteles (384–322 a.C).  

      

            O número de mortos e de mutilados nas vias do país comprova que a formação de condutores deve começar nas séries iniciais, o que representaria uma verdadeira revolução no que tange a socialização no trânsito, por meio de uma formação técnica séria, de qualidade, que priorize um processo gradual de conscientização da alma.

 

            Entendo que assim procedendo facilitaríamos a compreensão e a consciência delas mesmas em relação à realidade do trânsito, deixando então para os Centros de Formação de Condutores responsabilidades semelhantes ao de um curso universitário, que diga mais respeito ao estudo e a memorização das leis de trânsito, ao estudo e a memorização das características básicas de um veículo automotor, a análise comportamental do pedestre, e a compreensão e a vivência do meio viário pelo qual terá de trafegar toda vez que estiver ao volante.

 

            É quando ainda criança, portanto, e não quando se chega a maioridade, que se deve iniciar a educação da pessoa com vistas a formação de um motorista de veículo automotor.

 

 Que os governantes façam (e bem) a sua parte

 

            Lamentavelmente, uma parcela das autoridades públicas brasileiras reluta em, primeiro, propor ao Legislativo Federal, a criação de lei que institua a Educação para o Trânsito como matéria obrigatória nas instituições de ensino de 1ª a 9ª séries do Ensino Fundamental (pelo menos) e, ao mesmo tempo, aplicar imparcial e integralmente as leis vigentes em todo o território nacional, que coibem a insensatez no trânsito, a condução de veículos sem vistoria, e a rebeldia dos condutores em se reconhecer emocional e pessoalmente comprometidos com a seriíssima tarefa de guiar um automotor, principais agentes desencadeadores dos acidentes de trânsito nas cidades e rodovias do país.                    

 

 Saber defender-se das más inclinações

 

            Somos todos seres humanos, evoluímos, deixamos no passado o sentimento de Homo neanderthalensis, porque vivemos época em que os avanços nos incitam a uma postura civilizada. Mas se não formos evangelizados e apocaliptizados conforme ensina Jesus Cristo, corremos o risco de sermos permanentemente constrangidos e violentados pelos adversários do dever, os inimigos do Bem que também utilizam as nossas ruas, estradas e rodovias com seus veículos-arma.

 

Quem são nossos(as) adversários(as)? Como eles(as) agem?

 

            O pior adversário da pessoa é ela mesma, quando se arroga detentora de diretos humanos, mas liberada dos deveres espirituais perante a Lei.

 

            É amiga ou adversária aquela "escola" que nos oferece uma Carteira de Habilitação sem que haja a necessidade de passarmos por um treinamento em via pública e de um estudo aprofundado do Código Nacional de Trânsito? Não, não é amiga, é adversária.

 

            “Ah, mas a sociedade tolera essa prática (criminosa).”

 

            Unanimidade moralmente incapaz não sobrevive aos seus dias, muito menos aos que virão sobre todos nós.

 

            Criaturas profundamente avessas ao Amor de Deus a todo instante atacam pessoas assim, lançando mão para isso das nossas fraquezas, das nossas deficiências e da necessidade que todos temos de ser ouvidos, educados, respeitados, e amados.

 

            Casos mal resolvidos que toda gente possui, estão sendo denunciados pela nossa própria consciência, pela nossa própria intimidade quando pensamos, quando sentimos, quando agimos; e esse clamor chega primeiro aos ouvidos dos inimigos da humanidade, que se valem desse desequilíbrio moral para desestabilizar a sociedade, ampliando até no trânsito baixezas antes só circunscritas a quatro paredes ou ao próprio coração de cada um.

 

            Não estamos sós, nunca estivemos sós, não se esqueça disso.  

 

 Tende Fé absoluta no poder de Deus

 

            Certo de que poucos serão capazes de aderir, de pronto, a essa realidade aqui exposta com tamanha clareza, sugiro a você debruçar-se sobre as Leis Morais que o Salvador da Humanidade ensinou com o seu próprio exemplo pessoal.

 

            Sua divina advertência, manda-nos "amar ao próximo como Ele nos tem Amado" (João 13: 34, 35; 15: 9,12 a 17), pois essa é "a essência de Deus, a chave da Vida e a chave da morte", como sempre lembrava o saudoso radialista e ativista social Alziro Zarur (1914-1979), para quem sabe ouvir e ver.

 

            Somente pela oração e pelo trabalho edificante, oferecidos a Deus, poderemos aliviar tamanha pressão que geralmente vem do invisível, de espíritos cruéis, inferiores, mas que também procede de seres humanos como nós, desinteressados em ser realmente humanos segundo o conceito do eterno Pai que está nos Céus.

 

            Loucura? Não!

 

            Pense, reflita. Quem pode produzir frases amenas sobre o tema, quando as estatísticas oficiais apontam que pelo menos 30 pessoas a cada 24 horas se matam nas estradas estaduais e federais deste País?

 

            Sejamos humildes, sinceramente humildes diante da Verdade de Deus, e nossos olhos se abrirão, nossa percepção avançará a planos divinizados de aperfeiçoamento moral e espiritual, para que não suceda coisa pior.

 

 Abra os olhos!

Não dê espaço para a distração.

 

            Quem não leva em altissima consideração esses pontos que eu coloco aqui no texto, continua refém de sua própria cegueira e escrava dessas mentes criminosas (visíveis e/ou invisíveis), que só agem no propósito de impedir o triunfo de Jesus Cristo nos corações dos homens e mulheres, jovens e crianças do Bem que vivem sobre a terra.

 

            "Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova", observa o Divino Educador dos Povos no seu Evangelho segundo Mateus 15:14 e segundo Lucas 6:39. 

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            Até quando acharemos coisa natural sepultarmos multidão de motoristas desatentos e seus acompanhantes, que se acabam violentamente num trânsito alimentado pela arrogância? 

 

            Bem-aventurado, no entanto, são os de coração bem formado, que sabem sofrer e tirar da dor lições preciosas para a vitória final. 

 

            – "Se o Senhor não abreviasse aqueles dias [de aflição e dor], nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitos que Ele escolheu [porque escolhidos são aqueles que escolheram exemplificar no cotidiano a Palavra de Deus, e a Lei do Amor Divino é seu fundamento], o Pai abreviou aqueles dias" (Evangelho de Jesus segundo São Marcos, 13:20).

 

            – E a vitória derradeira pertence ao Cristo – filho amantíssimo de Deus, que está voltando para a humanidade conforme prometeu no seu Evangelho e no seu Apocalipse – e aos que com Ele se afinam cotidianamente em pensamentos, palavras e atos.     

       

            Tende fé no Pai Celestial! Proteja a sua intimidade com "a armadura de Deus" (Efésios 6:11), as Profecias contidas na Bíblia Sagrada destinadas a educar e a robustecer todos os povos, tribos e nações da Terra. 

 

            O recado está dado a todos. Meu espírito pede que assim sejam alertados todos os que me leem.

 

            Oração e Vigilância!

 

            Se for dirigir faça uma oração primeiro, ore, reze (motorista e acompanhantes). Suplique de todo o teu coração, de toda a tua alma, a proteção de Deus, de Jesus, do Espírito Santo (seu Anjo Guardião), e todos que estiverem contigo também.

 

            Eis uma sugestão neste sentido, extraída da Revista Boa Vontade, nº 26, de agosto de 1958, que ficou famosa na interpretação de Alziro Zarur (1914-1979), saudoso fundador da Legião da Boa Vontade:

 

 A Prece do Motorista 


            Jesus Cristo, meu Senhor,
            quero que sejas
            a Luz dos meus olhos,
            para que eu veja sempre o caminho certo!
            O Guia de meus braços,
            para que eu me dirija sempre para o Bem!
            A Força de minha vida,
            para que eu resista na luta diária pelo pão!
            O meu Amigo constante,
            para que eu sirva a todos com Boa Vontade!
            O Amor de meu coração,
            para que eu ame a todos como a mim mesmo!

 

            Faça por merecer esse apoio, essa proteção divina, conduzindo o veículo com a atenção devida as leis que regulam o trânsito em todo o território nacional. E seja feliz!  

 

            Jesus Cristo está chegando para colher o que plantou durante a sua primeira passagem visível pela terra.

 

            Graças a Deus o Salvador da Humanidade vêm pessoalmente abraçar as Almas e aos Corações educados pela Fé no Poder maravilhoso da Palavra de Deus: "Em verdade vos digo, não passará esta geração, sem que todas estas coisas aconteçam" (Evangelho de Jesus segundo São Mateus, 24:34).

 

               Que assim seja! motorista de boa vontade.

 

               Ora vem Senhor Jesus!


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