Pela Vida (2ª parte)

*Gelson dos Santos  

 

            Quero antecipadamente deixar claro que a eloquência do meu pensamento a respeito desse tema, advém do estado preocupante em que se encontra a mentalidade das pessoas com relação ao Direito a Vida.

 

            O afastamenteo voluntário dos valores que justificam a existência humana no planeta Terra tem suscitado comportamentos que por vezes são de assustar aos próprios seres animalizados, ditos irracionais. Acordemos desse pesadelo coletivo que nos assalta até no leito, ao dormir.

 

            Que nos defendamos dos dias maus com a bênção da prece, de modo que nosso Anjo da Guarda possa cumprir a sua missão junto de nós. Ora, você não sabia que toda pessoa tem um anjo guardião? É claro que tem! Ele quer que peçamos a ajuda dele para lapidar nosso comportamento. Pois é. Ele existe, nos acompanha sempre –– e tem gente que é acompanhada por mais de um, pois seus atos de justiça assim faz por merecer –– e testemunha tudo o que pensamos e fazemos ao longo da vida. O Anjo da Guarda quer que você suplique a ele inspiração para sentir, pensar e agir corretamente aos olhos de Deus.

 

            Minha eloquência não é para ferir, ofender ou denegrir a quem quer que seja; é para sacudir as almas e os corações; é para livrar as pessoas distraídas do perigo que acontece quando nos afastarmos da Verdade, do Amor, do Trabalho e da Justiça de Deus.

 

            Espero que estas palavras contribuam para a vivência de uma autêntica e perene Cultura de Paz. Vamos ao texto, então:

 

            Se analisarmos o capítulo que versa sobre os "crimes contra a Vida" de todas as legislações penais vigentes em nações de todo o mundo, notaremos que a tendência a descriminação do aborto é o tema mais sensível.

 

            Liberado por alguns, em parte por outros, e proibido (no papel) inclusive pelo Brasil, a polêmica em torno da permissão oficial da matança de fetos com recursos provenientes dos impostos diretos e indiretos das pessoas, indiferente se são contra ou a favor do procedimento, revela que sempre há uma oportunidade de mostrar que as mudanças propostas no documento legal nem sempre vem ao encontro do bom senso que cabe a toda criatura humana, que é naturalmente laborar pela reeducação geral das gentes desde o berço, de modo que mesmo ouvindo o clamor da maioria da população letrada sobre o abrandamento de alguns crimes, particularmente os nocivos a vida –– aborto, eutanásia, homicídio, infanticídio, ortotanásia, suicídio ––, nenhum resultado majoritário deve contrariar princípios básicos que digam respeito ao dever de toda pessoa de proteger e promover a vida em todos os seus estágios.

 

Direito ao acesso médico

 de qualidade é saúde

  

            A diversidade de ideologias, de religiões, de conceitos filosóficos formadores de uma nação –– esteja ela nas Américas, na Europa, no Oriente, na África, ou na Oceania ––, cabe destacar que mesmo aparecendo bastante nos vários pronunciamentos e escritos de autoridades, de setores organizados da sociedade, como dos cidadãos comuns chamados ao debate ou não, inscritos ou não –– deixa clara advertência de que é intolerável existir movimentos que rejeitem a vida, seja a que pretexto for, seja a própria ou do semelhante, por se constituir essa rejeição um flagrante desequilíbrio, ensejando ameaça à família, a sociedade, ao ordenamento jurídico, e a consciência dos atores humanos (as crianças, os adolescentes, e até os idosos) que estão em vias de consolidar valores que, mesmo diante dos tempos e das épocas, sustentam e dão sentido a humanidade que todos carregamos em nós mesmos.

 

Quem foi que disse que  

toda maioria é qualificada?

 

            Espanta sim o número crescente de inscrições, feitas antecipadamente por grupos e setores organizados da sociedade, advogando a oficialização de instrumentos que desrespeitem a própria sociedade espiritualmente esclarecida e organizada. Teria essa humanidade convertido-se em desumana, de cidadã optado pela liberdade irresponsável que escraviza almas e corações?

 

            Ora, “livre-arbítrio e determinismo coexistem”, já ensinava o saudoso ativista social Alziro Zarur (1914-1979). Se a pessoa clama pelo retrocesso aos seus tempos de ferocidade e instabilidade pessoal, paciência. Mas querer arrastar ao mesmo abismo os de mente iluminada e coração esclarecido, isso é intolerável. Quando as pessoas admitem como cláusula pétrea, “imexível”, inegociável, um exercício de republicanismo e de democracia, em que uma decisão de natureza social (técnica ou não) defende a vida e o bem estar de toda pessoa, inclusive de zigotos e de fetos, que retrocesso há nisso? Ratificam apenas a condição soberana de humanidade que tem inata dentro de si mesmas. É na tradição bíblica dos 10 Mandamentos da Lei de Deus, o "Não matarás!" constante do livro Êxodo, capitulo 20, versículo 13.

 

            Sempre necessitaremos da participação da sociedade, mas também do equilíbrio de alma pelo convite aberto e franco à contribuição da Espiritualidade Superior, detentora da sabedoria de Deus, que por intermédio de Jesus Cristo – o Profeta Divino, identifica a licitude ou não de uma aspiração que do seio humano se manifeste.

 

A Espiritualidade Superior 

 jamais ampara a morte

 

            Sim, “os mortos não morrem”, proclama o escritor Paiva Netto, porque “não existe morte em nenhum ponto do Universo”, advoga o sempre lembrado Zarur.

 

            Deus é vida e para a vida nos criou. E, mesmo diante dos “crimes contra a vida” analisados em todo o mundo, o direito ao aborto é, sem dúvida, o tema mais discutido, já que na contemporaneidade não é considerado crime na maioria dos países, mas jamais teve apoio da Espiritualidade Superior, que o condena, deixando homens e mulheres de toda a Terra sob o império da Lei Divina que a todos cobra reintegrarem-se a cidadania plena pelo processo natural das vidas sucessivas, oportunidade aquela que nos cobra o cumprimento de deveres espirituais, para sermos reconhecidos como seres humanos não somente aos olhos do mundo em que estamos inseridos, mas principalmente aos olhos do próprio Deus (divino) que nos criou em espírito e nos deu vida para dela bem cuidar e proteger.

 

Nem sempre a puerilidade é atributo de crianças.  

Todo adulto afastado da verdade (de Deus) 

 é pueril, uma ameaça social.

 

            A reprodução natural ou assistida (portanto não fortuita), dispõe o embrião humano a receber uma tutela legal maior. Faz pensar que a lascívia e a negativa de proteger a vida, é causada pela insipiência espiritual e pelo desconhecimento da Palavra de Deus. Razão porque o entendimento deve partir da família, ratificado pelas escolas de excelência pública e privada, desde a brinquedoteca até a universidade.

 

            Ainda bem que homens e mulheres de todos os níveis de instrução e de cultura, estão sendo convidados de forma aberta e democrática a contribuir para o aprimoramento do convívio interpessoal. Lembrando sempre que “somos réus e juízes de nós mesmos”, e que no momento certo, no ajuste de contas perante a Lei Divina, haveremos de decidir que tipo de punição ou de premiação queremos para a devido equilíbrio de nossas consciências e necessário reajustamento de nossos espíritos na jornada terrestre.

 

Uma sólida

educação da Mulher 

 

            Tem-se a impressão de que esta nova gama de meninas e jovens nascidas na última década do Século XX e início do Século XXI têm medo de se reconhecer feminina, gestora de vida, e formadora de uma nova consciência espiritual e humana, capaz de transformar a sociedade para melhor. Parece temer a competência inata, de que são portadoras, de educar a sociedade a partir dos filhos e filhas que em tempo oportuno gestam espontaneamente no próprio seio de mulher.

 

            Se isto as assusta em pleno Terceiro Milênio – momento em que as garantias individuais são relevantes – o que diriam suas mães, tias e avós, que não experimentaram essas boas oportunidades quando eram mais jovens?

 

            Qual menino ou menina é capaz de resistir a educação de uma mulher-mãe, de uma mulher-educadora para a vida? Será que esse menino e essa menina, adotivos ou não, guiados por uma mulher naturalmente sábia e feminina, serão eternamente crianças ou insensatas? É claro que não!

 

            Serão os homens e as mulheres que desde o berço aprenderam a defender valores como o casamento, a harmonia no seio familiar, o respeito as diferenças, a justiça social, a defesa da vida, a crença num poder espiritual supremo, a ética do espírito no cotidiano, e assim por diante em todas as áreas do conhecimento. 

 

Sugestão de leitura: A grande família humanidade

 

Olha o poder da Mulher,

pela valorização da vida! 

 

            Então por que o receio, o espanto de ser mulher? O feminino é diferente do masculino porque sua natureza orgânica é feminina, mas a sua competência para identificar distorções e reformar o meio em que vive é imensa, supera ao do gênero masculino.

 

            Imagine o feminino cônscio da sua missão terrena perante o Autor da Vida? Nenhuma criança, nenhum adolescente, nenhum homem, ninguém se atreverá a lhe negar ouvidos na reforma para um mundo melhor, mais justo e mais feliz.

 

            A existência terrestre está recheada de sacrifícios, de sofrimentos e dores, sabemos disso. Mas também de emoções primorosas. Quem é do Bem (se realmente persevera no Bem), sempre encontrará apoio para a abertura de caminhos novos ou da melhoria dos já existentes. Cabe ao gênero masculino apenas pôr em prática o que aprendeu com uma mulher, convocado que está desde o ventre materno a vivenciar uma cultura de paz, onde quer que esteja e para onde quer que vá.

 

Eduque desde o berço e

jamais haverá quem defenda a morte

 

            Haverá espaço para a morte na mente e no coração de uma pessoa educada por uma mulher digna? É evidente que não! Então por que o medo de ser feminina? Por que o susto de ser mulher geradora de vida? Por que fugir da condição natural de ser humano educadora das novas gerações?

 

          O poder está na alma e nas mãos da mulher que enfrenta os desafios, não nega a sua natureza divina, e convoca o homem desde menino a compartilhar com ela da responsabilidade de civilizar o mundo pelo Amor, pelo Trabalho e pela Justiça social. Somente assim baniremos o sentimento que explora, divide, escraviza e deita raízes de perversão, ódio e preconceito contra irmãos que apenas desejam estudar, trabalhar e viver em paz.

 

            E esse combate se faz desde o meio familiar. Está nas mãos do gênero feminino, que não teme ser mulher trabalhadora e gestora de vida, a oportunidade de mudar esse estado equivocado de coisas, pela espiritualização e humanização dos próprios filhos em favor de uma cultura de paz na sociedade que conviverem.

 

            Nesse sentido, quem se atreverá a dizer para uma mulher sábia…

               – que seu filho amado não tem chances de viver, porque a  doença que o consome, a ciência ainda não descobriu a cura?

               – que ela não merece melhores condições de trabalho e salário justo por ser mulher e mãe?

               – que seu acesso a uma educação e a uma assistência médica preventiva de qualidade não é permitido por que não tem dinheiro para pagar caras consultas?

               – ser impossível a criação de novas vagas em creches e pré-escolas para o acolhimento e a educação dos filhos enquanto ela trabalha?

               – que a sua ascensão profissional depende dos serviços sexuais que prestar aos seus chefes?

 

            Quem coloca impedimentos dessa ordem a uma mulher digna, impediu-se a si mesmo de ser tratado ou tratada como ser humano. O tempo, justo juíz, se encarregará de afastar, para o necesssário reajuste de alma, os adversários da vida.

 

Eis a oportunidade de

 mudar isso tudo mulher 

 

            Mulher! Seu poder para o Bem é imenso, é geradora de vida, cuidadora, educadora e muito capaz de melhorar a vida pelo próprio bom exemplo pessoal. Por que temer ou assustar-se com tão enobrecedora missão? Afinal você não está sozinha. Tem o avô, tem o pai, tem o irmão… E são homens. Seriam eles todos (todos mesmo) canalhas, patifes, exploradores de mulheres virtuosas, feras repulsivas, inaptos e ineptos para apoiá-la na educação para a vida?

 

            Não defendamos a morte, todos nascemos para a vida e é na vida que vivemos nossas mais caras emoções. A sociedade renitente curvar-se-á perante a seriedade, a competência e a sinceridade de uma mulher que não teme ser feminina, naturalmente feminina, porque sabe que dar a vida é um dom natural seu, é um direito irrenunciável seu, ainda que as ciências não nos dê mais esperança de continuar, ainda que os incrédulos não creiam no poder renovador do Amor puro, sincero. Não negocie seu direito divino de viver, de dar a vida, e de protegê-la.

 

            Não queiramos e nem nos acomodemos diante da vileza com que são abordados problemas sérios, visando criar leis para acomodar consciências manchadas pela crença na matança sem culpa. Não descuidemos de nossas almas, pois corremos o risco de sermos arrastados ao erro, crendo que ao submeter-mo-nos às ordenações humanas sem livre e sério exame, estaremos favorecendo a vida.

 

            Não nos descuidemos de nós mesmos, e de nossas famílias, pois vivemos numa sociedade constantemente ameaçada pelos filhos e filhas da insensatez, que buscam nos vazios da lei, motivo para instaurar o desequilíbrio das mentes e dos corações humanos.

 

Acautelai-vos da apostasia social

   

            Se há um grande vazio legal, a culpa não é da população, e muito menos dos que estão praticando delitos julgando-se impunes. Há que se dar seriíssima atenção, ordenamento legal e célere andamento aos assuntos que digam respeito a valorização e a defesa da vida. Já descrevia o apóstolo Paulo em sua carta aos Hebreus, capítulo 12, versículo 1º, que estamos diuturnamente rodeados por uma multidão de testemunhas invisíveis, pois de Deus não se zomba; aquilo que o ser humano semear, isso mesmo terá de colher, como encontramos na sua carta aos Gálatas, capítulo 6º, versículo 7º.

 

Não a distração.

Sim a conscientização

espiritual superior. 

 

            Quantas artimanhas constam em tudo que se tenta decidir na calada dos arranjos noturnos e na distração de uma população cada vez mais preocupada com seus os problemas pessoais e alheia à realidade social em que está inserida.

 

            Quando não voltadas para a solução doméstica, a atenção é para o entretenimento do grande circo do futebol, do carnaval, das corridas de cavalo, dos jogos de azar, das baladas e das novelas, e se dá por satisfeita se não acordar ou for surpreendida pela morte fulminante, terá saído das telas, dos noticiários, e da cobrança de novos impostos, o preço da desatenção quanto as decisões solitárias que anestesiam e alienam as gentes das questões  essenciais da vida.

 

              Evitemos a desatenção.

 

Criança não é brinquedo. É uma pessoa.

Tem sentimento,

Tem de ser educada,

Tem de ser protegida. 

 

            Criança não é brinquedo, tem sentimento, direitos e deveres que não se casam com caprichos e emoções pueris. A origem de todo ser vivo e espiritual, da qual descende eu, você, e tudo o que há neste e no outro mundo. Ser humano é estágio, é degrau, não é o fim, é o meio, porque não somos um mero agregado de células vivas, mas um dos estágios da existência rumo a pureza espiritual, pois todos fomos gerados originalmente pelo Espírito-mor, o Deus divino, autor do tudo e de todas as coisas.

 

A detestável crença na impunidade

 e no "fim" com a "morte"

   

            Desrespeitar a vida, do embrião ao ancião, é abrir portas a detestáveis procedimentos criminosos sob o guarda-chuva de legislações injustas, que podem ir da procriação de seres geneticamente modificados, manipulação de órgãos com fins de comercialização, e para abastecer mercados de gente. Procriação e investigação, indústria e negócio, são expressões que estão presentes no cotidiano das sociedades mundiais e se colam com as leis que se dizem reguladoras de abusos e investigação dos que tiraram proveito desta indústria detestável, que tem patronos dentro e fora do sistema.

 

Defender a vida não é recuo,

é avanço social.

 

            Não existe fato consumado diante da necessidade de recuo contra o avanço da indignidade. O fato consumado sempre se pauta numa estratégia criminosa, que aposta na ignorância e na alienação das pessoas. Quem pode advogar pelo respeito a vida, também pode ser exemplo de multiplicação dela. Todos sabemos que logo aparecerão novos inimigos da vida, da constitucionalidade da vida, e com sua influência dentro do sistema e detendo o conhecimento e o poderio político e financeiro, pressionará autoridades a fazer ver que a única realidade da população que hoje está bradando pela vida é permitir-se a morte.

 

              Os adversários da vida (dos outros) alegam intocáveis aspectos fundamentados em lei, imutáveis perante a maioria. Mas que na realidade jamais admitem, ao sabor de interesses e arranjos os mais diversificados, recuar na decisão de por a própria vida e integridade sob o pêndulo da espada de Dâmocles, pois querem gozar a vida dissipando as energias que do povo conseguirem sugar através dos circos e estatísticas criminosamente manipuladas com inverdades, pelo medo de perder nesse jogo o direito de matar às expensas do estado e dos inocentes distraídos com circo e pão.

 

O medo agrilhoa o

sentimento das gentes.

Confia em Jesus! 

 

            Há gente que alega medo de perder, e por isso mata. Sabe que a clandestinidade afeta prioritariamente as pessoas mais pobres, que não tem meios para ocultar a própria desumanidade. Passa da hora de os países do mundo inteiro reverem suas legislações, as que legalizam ou abrandam crimes contra a vida, ressaltando que toda aversão ao direito de viver redunda em circunstâncias carregadas de sofrimento moral, mental e espiritual, e a violência corrói essas sociedades.

 

            Já está mais do que hora de se levar à sério a bioética, sabendo que a sua real função é de reconhecer que toda ética nasce do espírito integrado em Deus, de modo que expressões que interrompam uma gravidez, que descriminalize a eutanásia e a ortotanásia (direito do paciente terminal libertar-se das tecnologias e morrer onde queira), sejam banidas do seio social, de modo que a insegurança jurídica e institucional não ratifiquem delitos praticados pelas mentes afastadas do Bem.

 

O defensável direito a vida

mesmo dos que querem

a morte (dos outros)

 

            Defendemos a legalidade e a legitimidade de viver, para que a paz se estabeleça no seio de mulheres e homens em todo o mundo.

 

            Mas quem foi que disse que a capacidade da mulher de dar a Luz a vida deva ser imposta ao gênero feminino? Todo ser humano tem direito a livre escolha. Se engravidou, tenha o seu filho. Se não quer engravidar, use preventivamente métodos contraceptivos e não se furte de exigir o aconselhamento médico devido.

 

            Toda pessoa educada para a vida não faz da morte sua deusa e promotora, age com prudência e serenidade, repudia argumentos abortistas postos sob a justificativa de “gravidez indesejada”,pois gravidez não é acidente, é aceitação do seu potencial de engravidamento na conjunção carnal consentida. Salvo comprovada materialização de estupro, toda vida tem de ser protegida. Diz antigo adágio popular: “Quem procura, encontra”. Se não procurou, nunca encontrará justificativa para afrontas ao curso natural de uma vida, esteja ela em que estágio de maturação se encontre. E isso é lógico.

 

Autonomia da vontade na defesa dos 

 alicerces da existência humana

 

            A autonomia e a vontade são os alicerces da existência humana, da criatura integrada ao seu Criador. Enfrentar demandas antigas do povo, é reconhecer que nenhum regime é bom, nenhuma lei é boa, nenhuma sociedade é cidadã enquanto a ignorância das leis divinas for extremada nas sociedades ditas civilizadas. Se não reconhecemos a defesa da vida em todos os seus estágios com um ato de ousadia  que se adéqua às convenções espirituais superiores, portanto universais, que esperarmos quando nossos lares são forçados por malfeitores, principalmente invisíveis?

 

            Descriminalizar a matança não é a solução. O que reduz a taxa de crimes contra a vida é a educação para a vida, distribuição equânime de recursos para que toda pessoa, independente da sua condição social, tenha acesso e o necessário apoio da família, da medicina e da justiça. O direito à vida traz no seu bojo a proteção e a iluminação para as mulheres espiritualmente esclarecidas e para os homens esclarecidos também.

 

Se os teus olhos forem luz,

todo o teu corpo ficará luminoso

  

            Diz sábio conceito bíblico: Se os teus olhos são trevas, que grandes trevas serão. O ativismo dos que discursam pela defesa da vida, aparece nos conhecidos argumentos, inclusive mostrando que se os teus olhos forem luz (educação para a vida) à mesa sempre estará a Constituição das constituições, a Bíblia Sagrada com as lições proféticas que mostram que a vida é um direito inalienável do Ser, e que os que insistem em desestabilizá-la, farão parte com os infiéis, da treva, que voluntariamente permitem ofuscar suas próprias mentes e ludibriar seus próprios corações. 

 

            Voltaremos ao assunto.

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*Gelson dos Santos é jornalista, radialista, advogado e ativista social, gestor sênior dos sites (((Seja bem-vindo!))) e SigaJC.Com.

PELA VIDA CONTINUA