Remédios podem fazer você engordar?

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            A situação não é rara, infelizmente. Depois de um tempo tomando medicações, muitas mulheres percebem que estão ganhando uns quilinhos. 
 
            A primeira reação é pensar que foi por causa dos doces, das comidas gordurosas ou da dieta que não deu certo. Mas, de acordo com a endocrinologista Andressa Heimbecher, os culpados podem ser justamente os remédios. Isso acontece com anticoncepcionais, antidepressivos, corticoides e ansiolíticos, que provocam, em algumas pessoas, retenção de líquido, alterações no metabolismo ou o aumento do apetite, diz a dra. Andressa.
 

 

            Quando os efeitos colaterais atuam em conjunto, eles acabam com o equilíbrio do organismo. A vontade maior de comer aliada a uma atividade metabólica lenta, por exemplo, faz você ingerir mais alimentos e gastar menos energia. O resultado é inevitável: o ganho de peso.

 
O médico,
seu aliado
 
            Se, quando você começar a tomar uma medicação, notar qualquer alteração no seu corpo, peça ajuda ao médico que o prescreveu e verifique se é possível substituir a substância indicada para o tratamento. Mas, se isso não for viável, a boa notícia é que uma dieta equilibrada pode minimizar o problema. A alimentação saudável, fracionada em períodos de três horas, e a ingestão de água são dicas que funcionam sempre, explica o nutrólogo André Veinert.
 
            A pedido do Portal Vital, os dois especialistas fizeram uma lista dos tipos de medicamentos que engordam (e suas substâncias ativas), os principais efeitos no organismo e o que você pode fazer para manter a silhueta.

  • Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina e nortriptilina), anti-histamínicos (cetirizina ou fexofenadina, presentes em muitos antialérgicos), anti-psicóticos (olanzapina e risperidona), medicamentos para o controle do diabetes (glibenclamida, glicazida e glimepirida) e estabilizadores de humor (ácido valpróico e lítio).

 
Efeitos: causam aumento de apetite.
 
Orientação: coma alimentos ricos em fibras, como frutas (mamão, pêssego, laranja etc.), verduras (agrião, rúcula, acelga etc.), legumes (cenoura, beterraba, abóbora etc.), cereais (aveia e granola) e pão integral. O ideal é você dar um equilíbrio ao prato. Por terem uma digestão mais lenta, eles diminuem a sensação de fome. E, para não abrir mão de uma sobremesa, acrescente gelatinas diet à sua lista.
 
  • Anti-hipertensivos beta-bloqueadores (atenolol e metoprolol)

 
Efeitos: aumentam a sensação de fadiga, contribuindo para a inatividade física e a redução do gasto energético.
 
Orientação: o ideal é evitar comidas calóricas e ricas em gordura. Mantenha uma dieta equilibrada e procure praticar exercícios físicos leves, mesmo com a sensação de cansaço. Uma caminhada pode ajudar. 
 
  • Corticoides

 
Efeitos: aumentam a retenção de líquidos, são estimuladores do apetite e podem reduzir a taxa metabólica.
 
Orientação: coma alimentos com função diurética, como o pepino, além de folhas de tom verde-escuro. Por outro lado, descarte comidas prontas, pois têm alto nível de conservantes e sódio, o que agrava o problema. Estimule o metabolismo fazendo refeições e lanches de três em três horas – conheça alimentos que turbinam a sua atividade metabólica. Quanto ao apetite, não há outro jeito senão tentar controlá-lo ao longo do dia.
 
  • Medicamentos para o controle do diabetes (pioglitazona e rosiglitazona) e anticoncepcionais com altas dosagens de hormônio.

 
Efeitos: retenção de líquidos.
 
Orientação: faça o mesmo que indicado para os corticoides.
 
Cuidado
com as dietas
 
            Uma última orientação dos especialistas é não cair nas armadilhas das dietas milagrosas. Além de não manter o seu peso ideal e do "efeito sanfona", você pode acabar prejudicando a sua saúde.
 
 
PELA VIDA CONTINUA

 


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