Certamente você já deve ter tomado conhecimento de casos de família como este que aqui passaremos a narrar de mães-avós. São supermulheres que fazem de tudo pela felicidade dos filhos e filhas, inclusive dar à luz em idade avançada; bebês que biologicamente não são totalmente seus, mas só em parte.
Cathy Donnely, britânica de 58 anos, já tem dois netos mas, apesar disso, decidiu que deveria engravidar novamente. Só que dessa vez, ela está grávida do próprio neto.
Acontece que Shannon Fischer, filha de Cathy, descobriu que não poderia engravidar porque os médicos diagnosticaram que ela estava infértil.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, Cathy não pensou duas vezes antes de emprestar seu útero para fazer a filha feliz. Depois da fertilização in vitro, a avó recebeu a notícia que realmente seria mãe pela terceira vez.
“Eu apenas pensei, o que são nove meses da minha vida, perto de um filho para o resto da vida deles? Foi aí que comecei a tomar uma forte dose de medicamentos receituada pelos médicos para fertilidade e no final tudo deu certo”, contou ela.
E ainda tem gente dizendo que a família está acabando. Não! Ela está evoluindo, como é natural.
Quem supor que uma mulher em idade avançada poderia engravidar e ter o seu bebê com segurança? E dentro de toda a confusão deste término início de século XXI, de milênio e início de uma era nova, por mais incrível que pareça a certos apressados, o Mundo não acabou, o conhecimento descortinou novos horizontes, as relações humanas e sociais mudaram.
E tudo isso porque a Família está, mesmo que aos trancos e barrancos, evoluindo, à procura de Algo, que um dia descobrirá ser Deus –– com um nome ou nome algum -––, que é Amor, sem o qual o Ser Humano não pode subsistir dignamente, porquanto, querendo ou não, faz parte Dele, como sabiamente anotou o Apóstolo Paulo, na sua Segunda Epístola aos Coríntios, capítulo 6, versículo 16: "–– Vós sois o Templo do Deus Vivo”.
Apesar da alegria, a vovó Cathy anotou o comentário dos médicos, de que existe um alto risco em virtude da sua idade, mas que tudo está caminhando bem. E não escondeu que temia ser discriminada pelas pessoas. “Eles provavelmente olham e julgam: vejam aquela velha senhora”.
Mas tudo não passou de cisma, tudo de bom estava acontecendo em Família. Porque nada sobrevive sem Amor. Um dia, todos nós chegaremos a essa feliz compreensão.
O progresso dos costumes é um procedimento mais antigo do que muita gente pensa... Está chamando maior atenção, porque a sua velocidade aumentou bastante e a mídia coma internet aí está em plena função.
Do primitivo
ao contemporâneo
Veja bem como o processo é remoto: quando um primata qualquer resolveu não mais usar de um porrete no crânio para seduzir a sua escolhida, certamente algumas pessoas daquele tempo temeram “tamanho absurdo”, dizendo: “Isto é um perigo, onde é que está o respeito? Dessa forma a família está fadada ao mais triste fim...” E não foi nada disso...
E vindo para mais perto, na segunda metade do Século XX acontecia uma coisa curiosa: as moças tinham medo de perder a virgindade. Ao acontecer com uma, os hipócritas e desalmados de sempre a censuravam sem piedade, dizendo: “Ihhh, que coisa! É mais uma perdida!”. Elas viviam sob a opressão para manterem-se “puras”.
Hoje dá-se o contrário. Vivem sob nova opressão: perder a virgindade. Trocou-se então um domínio por outro, uma subjugação escravizadora por outra. É a arrogância atroz da ditadura sobre as mentes. Trata-se de um fato consumado a exigir equilíbrio e meditação.
Não podemos aceitar a manipulação cruel da consciência humana, que visa atender a interesses perversos, que a sociedade civil e o Estado com seus governos devem combater, não apenas por força policial, contudo pela instrução, que é dever cívico, político, social e humano dos países, e pela Educação, compromisso notadamente da Família.
Do primata ao contemporâneo, o que ocorre é efeito da evolução. Afinal, a família só acabaria quando não houvesse o Amor autêntico. E este não termina jamais, visto que está para o Espírito como o oxigênio está para o corpo humano.
Cathy Donnely disse que sua relação com a filha Shannon Fischer mudou completamente e para melhor e estão mais próximas que antes. Shannon planeja chamar a filha de Zoey Hope Catherine, em homenagem a sua mãe-avó.
Se abrirmos nossa mente e o nosso coração para o significado divino do sexo, de modo que possamos nos livrar de tantas ações psicóticas das quais procuramos a origem, compreenderemos que Freud, Jung, Adler e tantos outros ilustres vanguadeiros, que abriram corajosamente os caminhos para o conhecimento mais dilatado do tema, se aproximaram do coneceito espiritual do sexo, mesmo sem o saber claramente, por tratar-se de Ciência Divina.
Os novos tempos tem confirmado categoricamente que se tornou urgente a necessidade de os povos libertarem-se da escravidão dos sentidos, do “sexo pelo sexo”, quando limitado ao território da matéria, de forma a ressurgirem na grandeza de “um novo céu e uma nova terra” os atributos fundamentais do Amor Divino, real motivação para que duas Almas (a do homem e da mulher) se predisponham a selar numa única carne o inquebrantável compromisso da união sexual, pois como dizia o sempre lembrado Alziro (Abrahão Elias David) Zarur (1914-1979) saudoso jornalista, radialista, poeta, escritor, e fundador da Legião da Boa Vontade (LBV): “–– Não é o corpo que atrai, é o Espírito que ama”.
Há muito que aprendermos que o “o Amor é o grande campeão das mais difíceis batalhas. Supera todos os sofrimentos; ele é Deus em nós”, como ressalta o escritor José de Paiva Netto no seu ensaio literário “Evangelho do Sexo”, publicado pela editora Elevação e que serve de base para esse artigo informativo.
“Se a felicidade consiste apenas nos prazeres do corpo –– pondera o filósofo grego Heráclito (550-480 a.C) ––, teríamos de proclamar os bois como felizes no momento em que encontram algumas favas para comer”.
Melhor e enriquecer estas linhas pedindo a Maria Santíssima, a Divina Mãe de Jesus, o Cristo Ecumênico, que leve aos corações humanos o sublime conforto do seu espírito materno. É o acolhimento universal que faz brilhar o elevado conceito de Família que nos deve reger. E que ampare os povos da Terra, guiando-os na direção da Paz.
Sim, porque a visão que temos da maternidade tem de ser ampliada. Mãe não é apenas a que gera filhos carnais. Também é aquela que se consagra à sobrevivência dos filhos dos outros: as crianças órfãs, até mesmo de pais vivos; a da Mãe que precisa trabalhar e não têm pessoa de confiança com quem deixá-las; a da que é irremediavelmente enferma. Tal como se lê no Poema do Grande Milênio, de Alziro Zarur:
"— (...) Os filhos são filhos de todas as mães, e as mães são as mães de todos os filhos".
Mãe é ainda a que se devota à Arte, à Literatura, à Ciência, à Filosofia, à Religião, à Política, à Economia, ao Esporte, afinal a todos os setores do pensamento ou ação criadora, a gerar “filhos” de sua dedicada competência pelo desenvolvimento da Humanidade.
Poema das Mães
–- Alziro Zarur –-
Desde que o mundo é mundo, até onde vai
O arqueológico olhar da pré-História,
Na família dos nobres ou da escória
A mãe não manda, pois quem manda é o pai.
..................................
Sem pretensão alguma a Nostradamus,
Eu creio que a razão desse destino
Da mulher-mãe, que todos subjugamos,
É o Deus antropomorfo-masculino.
..................................
“Se é homem o Criador (raciocinaram
Os argutos filósofos de antanho),
Façamos das mulheres um rebanho...”
E assim fizeram quando assim pensaram.
...................................
Desde então, temos visto a velha farsa
Representada, com solenidade,
Nos países de toda a Humanidade
Onde a moral pré-histórica anda esparsa.
..................................
“As mulheres não podem entender-nos”,
Diziam os despóticos senhores.
E fomos vendo, em séculos de horrores,
A falência dos homens nos governos.
..................................
Ao meditar, em raras horas mansas,
Cheguei a conclusões desprimorosas:
Os homens são crianças rancorosas,
Sem a graça espontânea das crianças.
..................................
Só então compreendi o caos da guerra,
Em seus apavorantes misereres:
Coisa impossível de se ver na terra,
Quando os governos forem de mulheres.
..................................
Assim é que não pode continuar!
Porque os “chefes” — piores do que os cães
Hidrófobos — têm este singular
Defeito imenso de não serem mães.
Retrato de Mãe
O bispo chileno Dom Ramón Ángel Jara (1852-1917) poemizou a questão, que valida em autenticidade uma opção consciente e amadurecida da Mulher que se predispõe a não entregar a própria consciência e o seu corpo ao equívoco, mas a assumir seu papel com responsabilidade:
"Existe uma simples mulher que possui um pouco de Deus pela imensidade de seu Amor, e muito de anjo pela constância de sua dedicação.
“Mulher que, sendo jovem, pensa como anciã; e na velhice, trabalha como se tivesse o vigor da juventude; se é ignorante, decifra os problemas da vida com mais acerto do que um sábio; sendo culta, amolda-se à simplicidade das crianças; quando pobre, considera-se bastante rica com a felicidade daqueles que ama; e sendo rica, daria com prazer sua riqueza para não sofrer a injúria da ingratidão.
"Forte ou intrépida, entretanto estremece ante o choro de uma criancinha; franzina, se reveste, às vezes, da bravura de um leão. Mulher que, enquanto viva, não sabemos dar-lhe o devido valor, porque a seu lado todas as nossas dores se apagam... Mas, depois de morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para vê-la de novo um só instante e dela receber a carícia de seus abraços, uma palavra de seus lábios...
"Não exijais de mim que diga o nome dessa mulher se não quiserdes que eu inunde de lágrimas este álbum, porque já a vi passar em meu caminho.
"Porém, quando os vossos filhos crescerem, lede-lhes esta página. E eles, cobrindo-vos de beijos, dirão que um pobre viandante, em retribuição da magnífica hospedagem recebida, deixou gravado neste álbum, para todos, o retrato de sua própria Mãe”.
Amor faz rima perfeita com Mãe. Mãe é eterna também quando seus pensamentos, palavras e atos estão integrados na Palavra de Deus e se aplicam no cotidiano a todo o conhecimento que a humanidade a duras penas conquistou.
Mãe (opção),
Família, Nação (consequencia).
Nenhuma nação, ou entidade alcança a estabilidade, se sustenta e cresce sem a contribuição de mulheres estáveis, decididas, porque aprenderam a sublimar os seus mais íntimos sofrimentos, transformando-os em significativas realizações mentais, morais, éticas, material, profissionais e espirituais em prol da Humanidade. Lanço mão do exemplo emblemático de Maria Santíssima, mãe de Jesus Cristo.
Aqueles que querem desvalorizar o sentido da Família e da maternidade não sabem o que estão fazendo. O clã primitivo foi o primeiro núcleo familiar. Dele se formaram as comunidades e surgiu a sociedade. Como querer o fortalecimento das nações se não respeitarmos as Famílias e a opção feminina de ter ou não sua capacidade reprodutiva consagrada à condição de mãe de família?
Ansiedade infantil
O dr. Abram Topczewski, neurologista da infância e da juventude do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, certa vez indagado se a má qualidade do sono e os problemas com alimentação geram, nas crianças, ansiedade, ele explicou:
“Sim. Muitas vezes essas crianças têm o sono agitado, com pesadelos. Mas não somente o sono é prejudicado. Existem crianças que, quando estão ansiosas, a primeira coisa que fazem é comer de maneira compulsiva. Por outro lado, você também pode ter o que é diametralmente oposto: indivíduos ansiosos que ficam inapetentes, param de comer. Para cada pessoa, você tem realmente um quadro clínico de características diferentes”.
Na opinião do dr. Topczewski, “a avidez pelas coisas é tão grande, que você acaba colocando as crianças no mesmo esquema. Hoje, uma criança sai de manhã para a escola, depois vai correndo para casa para almoçar e ainda tem atividade esportiva, curso de inglês... Quando se vê, chega em casa às seis, sete horas da noite. Daí, só dá tempo de jantar e dormir. Isso ocorre porque ela esteve ocupada com afazeres durante todo o dia, e aquele momento de não fazer absolutamente nada, de ficar apenas brincando, ela não tem mais. Por quê? Porque estamos tornando a criança adulta antes da hora; e isso, sem dúvida, leva a uma ansiedade muito grande”.
Olha o quanto é fundamental a presença da Mulher neste processo. Mas o homem não pode se esquivar, alegando que "esse assunto é coisa de mulher!" Não! É assunto da Família.
O casal gerou a Família, juntos tem de provê-la de condições para desenvolver-se com segurança e equilíbrio. A prece e a meditação em família podem, e muito, auxiliar no equilíbrio das energias de nossas crianças e jovens. É bom que se leve em alta consideração estas orientações.
____________________________________________________________________________________
* Artigo composto pela contribuição dos sites: dailymail.co.uk, boavontade.com, paivanetto.com, e (((Seja bem-vindo!))). Tudo sobre a gravidez e a saúde da mulher, leia: https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/page/2/
PELA VIDA CONTINUA